Mulheres podem ser Pastoras?


O Feminismo Cristão: Como Tudo Começou
Augustus Nicodemus Lopes   

Estudar a história do surgimento do movimento feminista é de grande ajuda para nós. Geralmente uma perspectiva global e ampla do assunto em pauta nos ajuda a entender melhor determinados aspectos do mesmo. No caso do movimento feminista, a sua história nos revelará que a ordenação de mulheres ao ministério, em alguns setores do movimento, é apenas um item de uma agenda muito mais ampla defendido por um setor bastante ativista do feminismo nas igrejas cristãs.

Origens do Movimento Feminista Fora da Igreja

Examinemos primeiramente o movimento feminista fora da igreja, focalizando suas principais protagonistas.

Século 18: A Vindicação dos Direitos da Mulher

A “Primeira Onda” do feminismo teve início na primeira metade dos anos de 1700 quando uma inglesa, Mary Wollstonecraft (foto), escreveu A Vindication of the Rights of Woman (A Vindicação dos Direitos da Mulher). Um ano depois desta publicação, Olimpe de Gouges publicou um panfleto em Paris intitulado Le Droits de La Femme (Os Direitos da Mulher) e uma americana, Judith Sargent Murray, publicou On the Equality of the Sexes (Sobre a Igualdade dos Sexos). Outras pensadoras feministas surgiram em pouco tempo tais como Frances Wright, Sarah Grimke, Sojourner Truth, Elizabeth Cady Stanton, Susan B. Anthony, Harriet Taylor e também John Stuart Mill. Seus pensamentos e obras foram defendidos com fervor e pouco a pouco foram deitando profunda influência na sociedade moderna contemporânea do mundo ocidental.

Século 19: A Declaração dos Sentimentos

Em 1848 cerca de 100 mulheres se reuniram em uma convenção em Seneca Falls, Nova York, para ratificar a Declaração dos Sentimentos escrita para defender os direitos naturais básicos da mulher. As autoras da Declaração dos Sentimentos reclamavam que as mulheres estavam impedidas de galgar posições na sociedade quanto a empregos melhores, além de não receber pagamento eqüitativo pelo trabalho que realizavam. Notaram que as mulheres estavam excluídas de profissões tais como teologia, medicina e advocacia e que todas as universidades estavam fechadas para elas. Denunciavam também um duplo padrão de moralidade que condenava as mulheres a penas públicas, enquanto excluía os homens dos mesmos castigos em relação a crimes de natureza sexual.

A Declaração dos Sentimentos foi um marco profundamente significativo no movimento feminista. Suas reivindicações eram, em sua grande maioria, justas e consistentes. Por isto, o movimento foi ganhando muitas e muitos adeptos, apesar, e por causa das grandes barreiras que foram impostas às mulheres que se expunham na defesa de suas idéias e ideais. As leis do divórcio foram liberalizadas e drásticas mudanças ocorreram com o status legal da mulher dentro do contexto do casamento. Por volta dos anos 30, como resultado de sua educação qualificada e profissional, as mulheres começaram a entrar no mercado de trabalho como força competitiva. Muitas das barreiras legais, políticas, econômicas e educacionais que restringiam a mulher foram removidas e esta começa a pisar o mundo do homem com paixão e zelo.

Século 20: Simone deBeauvoir e Betty Friedan

A primeira fase da construção do feminismo moderno começou com a obra da filósofa francesa Simone deBeauvoir (foto), Le Deuxième Sexe (O Segundo Sexo), em 1949. As mulheres, segundo deBeauvoir, foram definidas e diferenciadas tomando como referencial o homem e não com referência a elas mesmas. Ela acreditava que o sexo masculino compreendia a medida primeira pela qual o mundo inteiro era medido, incluindo as mulheres, sendo elas definidas e julgadas por este padrão. O mundo pertencia aos homens. As mulheres eram o “outro” não essencial. Simone deBeauvoir observa esta iniqüidade do status sexual em todas as áreas da sociedade incluindo a econômica, industrial, política, educacional e até mesmo em relação à linguagem. As mulheres foram forçadas pelos homens a se conformar e se moldar àquilo que os homens criaram para seu próprio benefício e prazer. Às mulheres de seus dias não foi permitido ou não foram encorajadas a fazer ou se tornar qualquer outra coisa além do que o feminino eterno ditava; elas foram cerceadas num papel de “Küche, Kirche, und Kinder” (cozinha, igreja e filhos, em alemão). De acordo com deBeauvoir a mulher estava destinada a existir somente para a conveniência e prazer dos homens.

No início dos anos 60 uma jornalista americana, Betty Friedan, transformou os conceitos filosóficos de Simone deBeauvoir em alguma coisa mais assimilável para a mulher moderna, ao publicar A Mística Feminina, um livro onde examinava o papel da mulher norte americana. De acordo com Friedan, as mulheres dos seus dias foram ensinadas a buscar satisfação apenas como esposas e mães. Ela afirmou que esta mística do ideal feminino tornou as mulheres infantis e frívolas, quase como crianças, levianas e femininas; passivas; garbosas no mundo da cama e da cozinha, do sexo, dos bebês e da casa. Assim como deBeauvoir, ela afirma que a única maneira para a mulher encontrar-se a si mesma e conhecer-se a si mesma como uma pessoa seria através da obra criativa executada por si mesma. Friedan batizou o dilema das mulheres de “um problema sem nome”. Friedan concordou com deBeauvoir que a libertação das mulheres haveria de requerer mudanças estruturais profundas na sociedade. Para isto, as mulheres precisariam ter controle de suas próprias vidas, definirem-se a si mesmas e ditar o seu próprio destino.

O Problema sem Nome: Patriarcado

No final dos anos 60 a autora feminista Kate Millett (foto) usou o termo “patriarcado” para descrever o “problema sem nome” que afligia as mulheres. O termo tem sua origem em duas palavras gregas: pater, significando “pai” e arche, significando “governo”. A palavra patriarcado era entendida como o “governo do pai”, e era usada para descrever o domínio social do macho e a inferioridade e a subserviência da fêmea. As feministas viram o patriarcado como a causa última do descontentamento das mulheres. A palavra patriarcado define o problema que deBeauvoir e Friedan não puderam nomear mas conseguiram identificar. De acordo com as feministas, o patriarcado foi o poder dos homens que oprimiu as mulheres e que era responsável pela infelicidade delas. As feministas concluíram que a destruição do patriarcado traria de volta a plenitude das mulheres. A libertação das mulheres do patriarcado haveria de permitir que elas se tornassem íntegras.

Surgimento do Movimento Feminista Dentro da Igreja


Podemos considerar o livro de Katherine Bliss, The Service and Status of Women in the Church (O Trabalho e o Status da Mulher na Igreja, 1952) como o marco inicial do moderno movimento feminista dentro da cristandade. O livro era baseado numa pesquisa sobre as atividades e ministérios nos quais as mulheres cristãs estavam comumente envolvidas. Bliss observou que, embora as mulheres estivessem extremamente envolvidas na vida da Igreja, a participação delas estava limitada a papéis auxiliares tais como Escola Dominical e Missões. As mulheres não participavam em lideranças tradicionalmente aceitas, tais como as atividades de ensino, pregação, administração e evangelismo, ainda que muitas delas pareciam estar preparadas e terem dons para este exercício. Bliss chamou a atenção da Igreja para a reavaliação dos papéis homem/mulher na Igreja, particularmente da ordenação de mulheres.

Ativistas Cristãos compram a Briga

A obra de Bliss serviu de munição para ativistas cristãos na luta pelos direitos civis e políticos em 1961. Eles, juntamente com as feministas na sociedade secular, começaram a vocalizar o seu descontentamento com o tratamento diferenciado que as mulheres recebiam por causa do seu sexo, inclusive dentro das igrejas cristãs. Neste mesmo ano, vários periódicos evangélicos publicaram artigos sobre a “síndrome das mulheres limitadas aos papéis da casa e esposa”, onde se argumentava que as mulheres estavam restritas a papéis inferiores na Igreja. Os homens podiam se tornar ministros ordenados, mas às mulheres se lhes impunham barreiras nas atividades ministeriais como ensino, aconselhamento e pastoreamento. As mulheres, afirmavam os ativistas, desejam participar da vida religiosa num nível mais significativo do que costura ou a direção de bazares ou arrumar a mesa da Santa Ceia ou serviços gerais tais como o levantamento de recursos para os necessitados, os quais freqüentemente são designados a elas. Tanto quanto com trabalho físico, elas desejam contribuir com idéias para a Igreja.

O Concílio Mundial de Igrejas

A atenção sobre os papéis do homem e da mulher dentro da Igreja se tornou mais intenso na medida em que o movimento secular das mulheres foi ganhando força. Ainda em 1961 o Concílio Mundial de Igrejas distribuiu um panfleto intitulado Quanto à Ordenação de Mulheres, chamando as igrejas afiliadas para um “re-exame de suas tradições e leis canônicas”. Várias denominações começaram a aceitar que o cristianismo havia incorporado em seus valores uma atitude patriarcal dominante da cultura de suas origens. Muitos católicos, metodistas, batistas, episcopais, presbiterianos, congregacionais e luteranos concordaram: a mulher na Igreja precisa libertação. Com esta conclusão em mente, de que a mulher precisava de libertação dentro da Igreja, estabeleceu-se um curso de ação que tinha como alvo abrir as avenidas para o ministério ordenado das mulheres tanto quanto para os homens.

Nos anos 60 as feministas cristãs se colocaram num curso paralelo àquele estabelecido pelas feministas na sociedade secular. Elas, junto com suas contra partes, buscaram anular a diferenciação de papéis de homem/mulher. O tema dominante foi a necessidade da mulher definir-se a si mesma. As feministas criam que às mulheres se deveria permitir fazer tudo o que o homem pode fazer, da mesma maneira e com o mesmo status reconhecido que é oferecido ao homem. Isto, segundo elas criam, constituía a verdadeira igualdade.

Os Primeiros Argumentos em Prol da Ordenação de Mulheres

As feministas cristãs buscaram a inclusão das mulheres na liderança da Igreja sem uma clara análise da estrutura e funcionamento da mesma segundo os padrões bíblicos. Meramente julgaram-na como sexista e começaram a incrementar o curso de ação em resposta a este julgamento. As feministas cristãs, de mãos dadas com suas contra partes seculares, começaram a demandar “direitos iguais”. Na reivindicação destes direitos, àquela altura do movimento feminista cristão, ainda partiam do pressuposto que a Bíblia era a Palavra de Deus. Vejamos seus argumentos.

Os Pais da Igreja Foram Influenciados pelo Patriarcado

Segundo as feministas cristãs, Clemente de Alexandria, Origines, Ambrósio, e Crisóstomo, Tomás de Aquino, Lutero, Tertuliano, Calvino e outros importantes teólogos e líderes da Igreja Cristã, influenciados pelo patriarcado, reafirmaram a inferioridade da mulher através da história da Igreja e, assim, proibiram a ordenação de mulheres e cometeram erros quanto aos papéis conjugais. As mulheres foram excluídas das posições de autoridade porque os pais da Igreja as viam, em sua própria natureza, como inferiores e menos capazes intelectualmente do que os homens.

A Bíblia ensina a Igualdade dos Sexos

Em segundo lugar, as feministas cristãs passaram a afirmar que a Bíblia dava suporte à plena igualdade das mulheres e que os homens haviam negligenciado estes conceitos bíblicos. As primeiras feministas cristãs afirmam que o registro da criação da mulher no Gênesis tem sido quase que universalmente interpretado de uma maneira equivocada para se ensinar que “Deus impôs a inferioridade e a sujeição” da mulher. Os teólogos (homens) foram acusados pelas primeiras feministas de ignorarem as passagens bíblicas que dão suporte à igualdade feminina, torcendo-as para o seu próprio interesse. A doutrina da liderança da Igreja que excluía as mulheres do ministério foi, portanto, apresentada como um subproduto de um estudo amputado das Escrituras.

Não há Diferença entre Homem e Mulher

A tese maior proposta pelas feministas cristãs no início dos anos 60 era idêntica às teses do feminismo secular: não há diferença entre homem e mulher. As feministas argumentaram que concernente às emoções, psique e intelecto, não há demonstração válida de diferenças entre mulheres e homens. Qualquer aparente diferença resulta única e exclusivamente de condicionamentos culturais e jamais de fatores biológicos. Portanto, tendo em vista a igualdade dos sexos, as feministas cristãs reclamam que a mulher deve ser posta em posições de plena liderança dentro de casa e na Igreja em igualdade com os homens.

O primeiro passo do movimento feminista dentro da Igreja foi a ordenação das mulheres para os ofícios eclesiásticos e este foi somente o primeiro passo. A ordenação das mulheres requer o desenvolvimento de uma nova teologia, de uma nova visão sobre Deus, sobre a Bíblia, o culto e o mundo. A teologia deve se redefinir, alinhando-se com o ponto de vista feminino. Foi o próximo passo dado.

Desenvolvimentos Posteriores da Teologia Feminista

Uma teologia inteiramente nova deveria ser buscada, portanto, baseada na experiência e na interpretação da mulher. Um novo desenvolvimento teológico era necessário para dar suporte à ordenação feminina. Esta nova teologia se moveu em várias direções. Veremos que ordenação feminina é apenas um item de uma agenda muito maior e mais radical.

Reinterpretação da Sexualidade Feminina

Rejeitando a definição de feminilidade e dos papéis femininos que lhes foram impostos pelos homens e pela mentalidade patriarcal dominante, uma parte significativa das ativistas radicais demandaram uma nova definição destes itens que partisse de outro referencial. A conclusão a que chegaram foi que a própria mulher é o melhor referencial para sua autodefinição. E na caminhada desta nova descoberta, ela deve se descobrir em relação com outras mulheres e não com o homem. É preciso registrar que não foram todas as feministas que concordaram com este novo passo.

Na década de 70, movimentos radicais em prol do lesbianismo passaram a identificar sua missão e propósito com o movimento feminista em geral. Foi aqui que o lesbianismo entrou no movimento feminista cristão mais radical como elemento chave na reinterpretação da mulher, sua feminilidade, espiritualidade e papéis. A maior contribuição para a entrada do lesbianismo no movimento feminista foi dada pela líder feminista Kate Millet, que publicamente admitiu ser lésbica, após escrever o livro Sexual Politics, best-seller publicado em 1970. O fato ganhou divulgação mundial mediante reportagem da revista Time naquele mesmo ano. Surgiram dentro das igrejas grupos de lésbicas “cristãs” pressionando para a ordenação de mulheres, de lésbicas, a celebração do casamento gay e aceitação de homossexuais e lésbicas ativos como membros comungantes.

Reinterpretação Feminista da Bíblia

A teologia feminista veio a ser profundamente afetada pela hermenêutica pós-moderna, a qual ensina que a escrita e a leitura de qualquer texto são irremediavelmente determinadas pelas perspectivas sociais e experiências de vida dos seus autores e leitores. A esta altura, já se havia abandonado o conceito da inspiração e infalibilidade da Bíblia.

Empregando-se este princípio na leitura da Bíblia, as feministas cristãs concluíram que a mesma é um livro machista e reflete o patriarcado dominante na cultura israelita e grega daquela época. A Bíblia é o livro de experiências religiosas das mulheres e dos homens, judeus e cristãos, mas seu texto foi formado pelos homens, adultos e instruídos. Poucos textos foram escritos por mulheres. Como resultado, os autores freqüentemente enfatizaram somente o papel dos homens. Eles contaram a história de todo o povo a partir de sua expectativa masculina. Desenvolveram a visão patriarcal da religião a ponto de transformar Deus — um puro espírito sem gênero — em um ser masculino! E que este Deus sempre escolheu homens como profetas, sacerdotes e reis porque os homens são melhores ou mais fortes moralmente do que as mulheres!

As feministas radicais propuseram, assim, uma reinterpretação radical da Bíblia partindo da ótica delas. Propuseram também que as mulheres aprendessem a examinar as leituras feitas na ótica patriarcal e a impugnar qualquer interpretação distorcida pelo machismo. De acordo com elas, a interpretação tradicional da Bíblia sempre foi masculina pois o masculino era tido como universal. Hoje, essa leitura ideológica incomodava muitas mulheres e homens nas igrejas.

Elas passaram ainda a defender a publicação de versões bíblicas onde o elemento masculino fosse tirado da linguagem. Estas versões, chamadas de “linguagem inclusiva” não deveriam mais se referir  a Deus como Pai e deveriam chamar Jesus de “a criança de Deus” em vez de Filho de Deus. Já existem dezenas de versões bíblicas assim no mercado mundial. Algumas feministas ainda mais radicais declararam que a Bíblia não é confiável e que as histórias das mulheres de hoje precisam ser adicionadas ao cânon da Bíblia.

Reinterpretação do Cristianismo

Como resultado desta nova leitura da Bíblia, orientada contra todo elemento masculino e contra o patriarcalismo, as feministas propuseram uma reforma radical no Cristianismo tradicional. A ordenação de mulheres é apenas um pequeno aspecto deste projeto. Na concepção delas, a verdadeira religião deve conter elementos que reflitam o poder e a cooperação das mulheres, cuja principal característica é gerar a vida. Assim, mui naturalmente, as feministas adotaram e “cristianizaram” os antigos cultos pagãos da fertilidade, que celebram os ciclos da natureza, as estações do ano, a fertilidade da terra, as colheitas e a geração da vida. Os cultos seguem temas litúrgicos relacionados com as estações do ano. Este novo Cristianismo feminino entende que a mulher é mais apta que o homem para estabelecer e conduzir a religião, pois enquanto o homem, guerreiro, mata e tira a vida, a mulher gera a vida. Aquela que conduz a vida dentro de si é mais adequada para definir a religião e conduzir seus cultos.

Reinterpretação de Deus

O passo mais ousado dado pelo movimento feminista cristão radical foi a "reinvenção de Deus". Mais de 800 feministas, gays e lésbicas do mundo inteiro reuniram-se nos Estados Unidos em 1998 num Congresso chamado Reimaginando Deus. Os participantes chegaram a conclusões tremendas: o verdadeiro deus de Israel era uma deusa chamada Sofia, que os autores masculinos transformaram no deus masculino Javé, homem de guerra. Jesus Cristo não era Deus, mas era a encarnação desta deusa Sofia, que é a personificação da sabedoria feminina. Esta deusa pode ser encontrada dentro de qualquer mulher e é identificada com o ego feminino (na foto, capa de livro publicado sobre o assunto). No Congresso celebraram uma “Ceia” onde o pão e o vinho foram substituídos por leite e mel, e conclamaram as igrejas tradicionais a pedir perdão por terem se referido a Deus sempre no masculino. Amaldiçoaram os que são contra o aborto e abençoaram os que defendem os gays e as lésbicas.

Conclusão

A leitura das origens e desenvolvimentos do movimento feminista, tanto o secular quanto o cristão, deixa claro que a ordenação de mulheres ao ministério é apenas um item da agenda muito mais ampla dos feministas radicais dentro da igreja cristã.

É claro que nem todos os que defendem a ordenação de mulheres concordam com tudo que se contém na agenda do movimento feminista cristão. É preciso deixar isto muito claro. Conheço pessoalmente diversos irmãos preciosos que são a favor da ordenação de mulheres ao pastorado mas que repudiam as demais teses do movimento feminista radical. O que estou descrevendo aqui principalmente é a postura dos radicais dentro do feminismo evangélico.

Entretanto, não se pode deixar de notar a semelhança notável entre muitos dos argumentos usados para defender a ordenação feminina e aqueles empregados na defesa do homossexualismo nas igrejas, das versões feministas da Bíblia e mesmo da reinvenção de Deus e do Cristianismo.

[Este artigo é reprodução da primeira parte de um Caderno sobre Ordenação Feminina que publiquei algum tempo atrás, que por sua vez utilizou a pesquisa histórica da tese de mestrado do Rev. Ludgero Morais sobre o tema.]

Crianças pequenas devem participar do culto?




por Randy Booth

Crianças pequenas devem participar do culto ao Senhor? Bem, em certo sentido a Bíblia diz que todos nós somos criancinhas, como Jesus indicou quando disse a seus discípulos: “Filhinhos, ainda um pouco estou convosco” (João 13:33). Portanto, em princípio, está claro que as crianças pequenas devem adorá-Lo. Mas há um outro sentido em que falamos “crianças pequenas”, e que, claro, se refere a bebês que ainda dão os primeiros passos. Que obrigação têm eles, se têm, no culto a Deus e, mais particularmente, que lugar eles têm, se têm, na reunião de culto a Deus?

Como povo de Deus, nós devemos nos regozijar ao ouvir barulho de crianças em nosso meio. Isso é uma indicação da bênção que elas têm na aliança e de seu dom da vida. Deus dessa forma aumenta nosso número e avança seu reino através das gerações. Mas isso significa que, sem exceção, as crianças devem sempre estar presentes com seus pais na congregação? Este artigo busca oferecer algumas diretrizes bíblicas tanto para pais de crianças pequenas como para a congregação ao se reunir para adoração.

A Menor das Crianças é Capaz de Aprender Grandes Coisas
Crianças pequenas são esponjas quando se trata de absorver nova informação. Em Lucas 1:44 a Bíblia registra esta assertiva de Isabel, a mãe de João Batista, quando ela ouviu Maria: “Pois, logo que me chegou aos ouvidos a voz da tua saudação, a criança estremeceu de alegria dentro em mim”. Mesmo quando eles parecem não estar prestando atenção, as crianças menores com freqüência nos surpreendem quando as ouvimos recitar exatamente o que nós pensávamos que eles tinham deixado passar (às vezes, para nosso deleite ou desgosto). A partir do momento em que uma criança nasce (ou talvez mesmo antes disso), os pais começam a ensinar seus filhos falando, cantando e praticando perante eles a vida cristã. O fato de elas não poderem articular ou imitar imediatamente tudo o que compartilhamos com elas não nos leva a parar de ensiná-las. Nós sabemos que logo elas vão pegar e imitar o que lhes foi ensinado. Mesmo que a criança não entenda tudo o que ela está fazendo, ela está aprendendo que essas são as coisas que o povo de Deus faz. No seu tempo ela entenderá por quê.

Não há nada mais importante para uma criança aprender do que o culto a Deus, privado e na congregação. Essa é uma das principais obrigações de todas as criaturas de Deus. Assim como ensinamos nossos filhos a andar e a falar, ao mesmo tempo nós deveríamos diligentemente ensiná-las as Escrituras e como elas devem adorar a Deus ao “sentarem em sua casa”, ao “andarem pelo caminho”, ao “deitar”, ao “levantar” (Dt 6:6-7). Nós temos um exemplo claro na Bíblia da importância desse treinamento desde cedo encontrado em 2 Timóteo 3:15, onde o apóstolo Paulo escreve a Timóteo, dizendo: “E que desde a infância sabes as sagradas letras que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus.” A palavra grega para “infância” neste texto é a palavra usada para descrever um bebê de berço. Sem dúvida, o infante Timóteo ouviu a palavra de Deus da boca de sua mãe fiel Eunice e de sua avó Lóide desde que nasceu.

Ser adulto não é garantia de que se aprenderá ou compreenderá a verdade de Deus. Jesus é grato porque a verdade é revelada mesmo aos imaturos: “Naquela hora exultou Jesus no Espírito Santo e exclamou: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas cousas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque assim foi do teu agrado” (Lc 10:21). Enquanto possa ser um mistério para os adultos, contudo Deus é claramente capaz de se comunicar com e receber louvor até mesmo de bebês. De fato, nós lemos a profecia no Salmo 8:2 de que, na verdade, é assim que acontece; uma profecia que foi cumprida em Mateus 21:15-16: “Mas vendo os principais sacerdotes e os escribas as maravilhas que Jesus fazia, e os meninos clamando: Hosana ao Filho de Davi, indignaram-se, e perguntaram-lhe: Ouves o que estão dizendo? Respondeu-lhes Jesus: Sim; nunca lestes: Da boca de pequeninos e crianças de peito tiraste perfeito louvor?” Embora os cristãos não devam ser místicos, entretanto, também não devemos rejeitar o fato de que há mistérios nos caminhos de Deus, e que o Espírito, assim como o vento, “sopra onde quer” (Jo 3:8).

Crianças são Membros da Comunidade do Pacto
Nós precisamos entender de forma clara que todas as promessas de Deus com relação ao pacto pertencem a “ti e teus filhos”. Os filhos da aliança são membros da comunidade da aliança e tem direito a seus benefícios. Assim como a circuncisão era um benefício dos judeus [“Muita, sob todos os aspectos” (Rm3:2)], assim também, aqueles que receberam o sinal do pacto e selo do batismo têm todos os privilégios do pacto. Paulo especialmente aponta para o fato de que o principal privilégio deles é que a eles foram dados “os oráculos de Deus”. Em outras palavras, a Palavra de Deus é dada a todos os membros da comunidade do pacto, incluindo as crianças pequenas.

Quando Moisés reuniu a congregação do Senhor, pelo que Deus os estabeleceu como Seu povo da aliança, a congregação estava toda incluída: “Vós estais hoje todos perante o Senhor vosso Deus: os cabeças de vossas tribos, vossos anciãos e os vossos oficiais, todos os homens de Israel: os vossos meninos, as vossas mulheres, e o estrangeiro que está no meio do vosso arraial; desde o vosso rachador de lenha até ao vosso tirador de água; para que entres na aliança do Senhor teu Deus, e no seu juramento que hoje o Senhor teu Deus faz contigo; para que hoje te estabeleça por seu povo, e ele te seja por Deus, como te tem prometido, como jurou a teus pais, Abraão, Isaque e Jacó. Não é somente convosco que faço esta aliança, e este juramento, porém com aquele que hoje aqui está conosco perante o Senhor nosso Deus, e também com aquele que não está aqui hoje conosco” (Dt 29:10-15).

O pacto de Deus com seu povo obviamente inclui não apenas seus filhinhos, mas até mesmo aqueles ainda não são nascidos. Esse pacto continua na Nova Aliança, onde a promessa é ratificada no dia de Pentecoste: “Pois para vós outros é a promessa, para vossos filhos, e para todos os que ainda estão longe, isto é, para quantos o Senhor nosso Deus chamar” (At 2:39). As epístolas do Novo Testamento são com freqüência endereçadas aos membros constituintes da família da aliança, i.e., maridos, pais, mulheres, mães, filhos e servos (cf. Ef 5:6; Cl 3:18-25).

Os filhos eram centrais na obra da Antiga Aliança e, sendo que a Nova Aliança não é senão uma expansão da Antiga Aliança, eles continuam a ser centrais na obra redentora de Deus entre Seu povo. No coração da aliança de Deus com Abraão estava a condição que Deus estabeleceu a Abraão: “Porque eu o escolhi para que ordene a seus filhos e a sua casa depois dele, a fim de que guardem o caminho do Senhor, e pratiquem a justiça e o juízo; para que o Senhor faça vir sobre Abraão o que tem falado a seu respeito” (Gn 18:19).

Crianças Pequenas Devem Ser Incluídas na Assembléia do Culto Público?
Esta é uma importante pergunta. Nós encontramos precedentes bíblicos tanto para resposta afirmativa como para negativa, ou talvez melhor dizendo: às vezes, sim; e às vezes, não. Com freqüência, quando a Bíblia se refere à assembléia do povo de Deus ou à congregação, as crianças menores estão incluídas. Por exemplo, em 2 Crônicas 20:13: “Todo o Judá estava em pé diante do Senhor, como também as suas crianças, as suas mulheres, e os seus filhos”; e em Josué 8:35: “Palavra nenhuma houve, de tudo o que Moisés ordenara, que Josué não lesse para toda a congregação de Israel, e para as mulheres, e os meninos, e os estrangeiros, que andavam no meio deles”. Da mesma forma, em Joel 2:15 nós lemos: “Tocai a trombeta em Sião, promulgai um santo jejum, proclamai uma assembléia solene. Congregai o povo, santificai a congregação, ajuntai os anciãos, reuni os filhinhos e os que mamam; saia o noivo de sua recâmara, e a noiva de seu aposento.” Logo após este chamado de trombeta nesta profecia (2:28-32), Pedro nos diz que Joel estava falando do derramamento do Espírito Santo no Dia de Pentecoste.

O próprio Jesus pensou que era apropriado que crianças fossem trazidas à sua presença: Marco 10:13-16: “Então lhe trouxeram algumas crianças para que as tocasse, mas os discípulos os repreendiam. Jesus, porém, vendo isto, indignou-se e disse-lhes: Deixai vir a mim os pequeninos, não os embaraceis, porque dos tais é o reino de Deus. Em verdade vos digo: Quem não receber o reino de Deus como uma criança, de maneira nenhuma entrará nele. Então, tomando-as nos braços e impondo-lhes as mãos, as abençoava.” Novamente, a palavra grega usada aqui é “bebês”. Parece ser um erro proibir mesmo as crianças mais pequenas de participar do culto a Cristo.

Como regra, os filhos da aliança devem estar presentes com a congregação no culto. Eles fazem parte do corpo unido e por isso devem fazer parte do culto unido. Isso faz parte da essência de quem eles são como filhos do pacto, contudo, isso não é o mesmo que dizer que seja sempre necessário que esses pequeninos estejam presentes em todo tipo de reunião congregacional. Algumas reuniões podem não ser apropriadas para crianças muito pequenas. No Velho Testamento nós vemos que três vezes ao ano apenas os homens apareciam perante o Senhor, e em Neemias 8:2 nós lemos: “Esdras, o sacerdote, trouxe a lei perante a congregação, assim de homens como de mulheres, e de todos os que eram capazes de entender o que ouviam. Era o primeiro dia do sétimo mês.” Algumas reuniões podem ser especialmente engendradas para homens, ou pastores, ou alguma outra ocasião especial. Elas podem ser muito longas para crianças pequenas, como no caso de conferências com múltiplas sessões, ou (como no caso citado acima) o assunto simplesmente esteja além de sua compreensão. Contudo, essas reuniões são primariamente mais para instrução do que para culto.

Quando crianças são trazidas ao culto é essencial que os pais estejam conscientes do fato de que não basta que simplesmente elas estejam presente, mas também que elas devem ser treinadas no modo apropriado de cultuar. As crianças devem ser ensinadas a sentar e permanecer quietas em respeito a seus pais e aos outros, e elas devem também aprender que a razão disso é a honra e a adoração a Deus. Os pais, da mesma forma, têm uma obrigação para com os outros adoradores e para com o próprio Deus em não permitir que seus filhos se distraiam no culto. É responsabilidade dos pais ensinar, disciplinar e manter controle de seus filhos no culto. O objetivo é treinar as crianças a exercer autocontrole e aprender como adorar.

Os pais devem estabelecer de forma clara as regras de comportamento para suas crianças, assim como ajudá-las a entender a razão por que elas estão no culto. Durante o processo deste treino as crianças inevitavelmente cruzarão linhas e precisarão de mais ensino, reprovação, correção e instrução na justiça (2 Tm 3:16). Eu mencionei na introdução que as congregações “deveriam se regozijar ao ouvir o barulho de infantes em seu meio”. Um dos sons sobre o que elas deveriam se regozijar são os sons da disciplina: uma criança senso discretamente corrigida por seu pai ou mãe, ou até o som ocasional de choro ao serem elas levadas do santuário para uma forma mais intensa de repreensão.

Pais com crianças muito pequenas, ou aqueles com filhos no processo de serem treinadas, deveriam sentar próximo à porta e estar preparadas para discretamente sair do santuário, se seus filhos começarem a chorar, ou, do contrário, distrairão os outros. Um choramingo ou acalento ocasional é normal e geralmente não requer muito mais que pegar a criança e embalá-la ou dar-lhe palmadinhas nas costas. Contudo, se isso não for o suficiente para sossegar a criança, os pais devem, por cortesia e respeito pelos outros e pelo culto, retirar seu filho da assembléia até que ele tenha sido acalmado.

Crianças que estão começando a andar são um desafio diferente para os pais. A esta altura elas deveriam estar treinadas a entender o que a palavra “não” significa e deve-se esperar que permaneçam sentadas durante o culto tranqüilamente. Se fracassarem em fazer assim, então elas devem ser tratadas como em qualquer outra desobediência obstinada (i.e., pecado) e a disciplina apropriada deve ser aplicada. Todos nós entendemos que elas são “crianças pequenas”, mas lembre-se, nossa responsabilidade como pais é trazê-las à maturidade ensinando-as o que devemos e insistindo que elas obedeçam. Se uma criança está geniosa porque esteve doente, ou está nascendo dente, ou tem alguma outra razão legítima para não se sentir bem, então, talvez, não seja adequado que ela esteja presente com a congregação nesse dia. Entretanto, mesmo cansada ou doente as crianças não devem ser permitidas que pequem. Algumas sugestões práticas para pais de crianças que estão começando a andar são:

    Fique certo de que você deixou claro quais são as regras de comportamento com relação ao que você espera de seu filho durante o culto (ex: não falar, não fazer outros barulhos, mexendo-se, rasgando papel, dando voltas ao redor do assento, etc.).Ensine-o para o que é o culto, usando termos apropriados para a sua idade. Pratique durante o culto doméstico como eles devem se comportar no culto público: ensine-os a ficar quietos quando a Bíblia é lida, a ouvir o pregador, e a cantar salmos e hinos. Se você faz culto regularmente e com ordem em casa, você não deverá ter problema no culto público no Dia do Senhor.
    Pais sabem quais são as necessidades de seus filhos. Algumas crianças precisam queimar um pouco de energia (ex: correndo e brincando), enquanto outras é melhor que não se firam antes ou entre os cultos. Em ambas, os pais são responsáveis por ajudá-las a estarem preparadas para o culto e as crianças têm o dever de obedecer aos seus pais e a se conduzirem de maneira respeitosa.
    Leve-os à sala de descanso e para tomar água antes ou entre os cultos.
    Se seu filho quebrar as regras durante o culto, e uma correção menor não o fizer se conformar, então os pais deverão retirar-se com a criança, discipliná-la e trazê-la de volta. Levá-la simplesmente para fora do culto ou levá-la à sala de berço sem disciplina não funcionará. Eles simplesmente aprenderão que seu mau comportamento os habilita a manipular seus pais.
    Quando os pais ensinam a seus filhos de forma consistente que o que eles dizem é sério e os punirão de forma consistente se eles não obedecerem, suas crianças estarão mais inclinadas a atender à correção sussurrada durante o culto.
    Os pais devem ter em mente que o “culto de uma criança que está aprendendo a andar” vai parecer diferente do culto adulto. Elas podem segurar o hinário de cabeça para baixo, ou dizer amém na hora errada. Além do mais, isso variará de criança para criança e elas não aprenderão todas do mesmo jeito ou ao mesmo passo. O importante é que elas estão aprendendo como adorar.

E Sobre Berçários?
É óbvio que nas Escrituras há um silêncio sobre aquilo que passamos a chamar de berçário. O princípio bíblico que governa esta questão é o fato de que os pais são responsáveis por seus filhos. A igreja não tem nenhuma obrigação específica de providenciar serviços com crianças, embora certamente obras de misericórdia possam conclamar por ajuda voluntária em circunstâncias especiais. Todos vimos com simpatia os fardos de uma mãe de primeira-viagem ou uma mãe com muitos filhos. Às vezes, ela se sente sobrecarregada com suas responsabilidades e pode pensar: “Não vale a pena ir à igreja, se tenho que lidar com todas essas crianças.” Talvez as sugestões seguintes possam ser de alguma ajuda:

    Os pais deveriam providenciar algum tempo livre para as mães durante a semana, cuidando das crianças eles mesmos ou pelo menos assegurando que sua esposa tenha outra forma de assistência de seus constantes labores. Isto evitará que o domingo pareça ser o único tempo que ela tenha uma folga.
    Membros regulares da igreja devem trazer seus filhos ao culto imediatamente, a fim de começar a treiná-los em uma das coisas mais importantes que Deus nos chama a fazer: adorar.
    Membros amigos na igreja ou parentes podem ser chamados para auxiliar nessa tarefa de ajudar com as crianças durante o culto, especialmente quando há muitas crianças para cuidar.
    Os diáconos devem assegurar que os assentos próximos à porta do santuário permaneçam disponíveis para pais com crianças pequenas a fim de facilitar melhor uma saída necessária.
    Os diáconos, onde for possível, poderiam providenciar uma “sala do choro” para mães e seus filhos. Essa sala poderia ser equipada com som, vídeo ou um vidro com película espelhada de modo que as mães possam ainda receber alguma porção do culto, se elas precisarem estar ausentes temporariamente.
    Uma lista de voluntários para trabalhar no berçário deveria ser mantida em caso de necessidades especiais, especialmente para visitantes cujas crianças possam não ficar sob controle ou não estar preparadas para permanecer sentadas durante o culto.

Conclusão
Obviamente, crianças pequenas devem fazer parte do culto. Elas estão prontas para participar junto com a congregação tão logo os pais assumam a responsabilidade de ensinar, treinar e disciplinar seus filhos para o culto. Certamente, há exceções em que não será sábio ou apropriado que crianças pequenas estejam presentes numa reunião congregacional. Nesses casos, embora os pais continuem responsáveis pelo cuidado de seus filhos, um berçário voluntário poderá se provar um genuíno serviço cristão para se lidar com essas necessidades temporárias. Quando os pais levam a sério sua responsabilidade em treinar seus filhos para participar do culto do Senhor (respeitando as necessidades dos outros presentes), então seus pequeninos serão um deleite para todos: especialmente para o Senhor. Da mesma forma, a paciência, orações e auxílio dados a esses pais e crianças pelo resto da congregação facilitará a preparação dos filhos da aliança para o culto. Esse labor será muito válido quando outra geração de crianças for habilitada para servir e adorar fielmente ao nosso glorioso Deus.

Robert [Randy] Booth tem sido pastor da Igreja Presbiteriana do Pacto da Graça (PCA) em Texarkana, Arkansas, nos últimos 16 anos. Ele também serve como diretor da Covenant Media Foundation e é um membro do corpo docente da Veritas Classical Christian School, e é o autor do livro Filhos da Promessa.

Extraído do Ordained Servant vol. 8, nº 4 (Outubro 1999)

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