ALGUMAS COISAS QUE DEUS NÃO PODE FAZER

O título da presente meditação dominical, lido de bate pronto e sem o acompanhamento cuidadoso do seu desenvolvimento argumentativo propriamente dito, pode parecer estranho e despropositado, afinal das contas, já temos, formulada em nossas mentes, a ideia de que Deus pode fazer todas as coisas, nada ficando de fora da esfera do seu onipotente poder. Contudo, antes de refletirmos sobre o que Deus pode ou não fazer, temos de nos desvencilhar das concepções urdidas pela pecaminosa imaginação humana e, ato contínuo, aferrarmo-nos, incondicional e submissamente, à Revelação que Ele fez acerca de Si mesmo nas Escrituras Sagradas: nossa regra única de fé e de prática, fonte autoritativa e suficiente em tudo quanto diz respeito a Deus, seu caráter santo, atributos gloriosos e propósito redentor estendido, graciosamente, ao povo por Ele amado e escolhido, antes da fundação do mundo, para ser herdeiro da grande salvação que, no Pacto da Redenção, Pai, Filho e Espírito Santo arquitetaram. Assim, examinando as credenciais e indisputáveis prerrogativas do Deus das Escrituras Sagradas, damo-nos conta de que Ele pode fazer todas as coisas, sim, mas todas as coisas que se harmonizam com a essência do seu ser e com o conselho da sua boa, perfeita e agradável vontade. Tendo tais pressupostos teológicos como parâmetros inafastáveis do nosso sentir/pensar, podemos afirmar que há algumas coisas que Deus não pode fazer. Em primeiro lugar, Deus não pode, em hipótese alguma, pecar. Nesse sentido, é bastante emblemático constatarmos que o único atributo de Deus que aparece referenciado três vezes consecutivas é o que se vincula ao território sublime da sua ontológica santidade. “Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos; e toda a terra está cheia da sua glória” (Isaías 6.3b). Foi esse o saldo mais impressionante da singular visão que o profeta Isaías teve de Deus: Ele é santo, não havendo, em todas as vastas latitudes do seu ser, o mais leve vestígio de imperfeição. A impecabilidade de Deus foi pontuada pelos profetas Isaías: “não posso suportar iniquidade associada ao ajuntamento solene” (Isaías 1.13b) e Habacuque: “Tu és tão puro de olhos que não podes ver o mal e a opressão não podes contemplar” (Habacuque 1.13b). Tal impossibilidade de haver em Deus qualquer nesga de erro e pecado tem implicações práticas profundas para a nossa fé, visto que nos confere a inabalável e consoladora convicção de que todos os atos de Deus são adornados pela luminosa beleza da sua santidade. A bondade de Deus é santa. O amor de Deus é santo. Os juízos de Deus são santos. Santidade, eis o traço indelével do Deus das Escrituras Sagradas. O apóstolo João, na mesma direção revelacional, sentenciou: “Deus é luz, e não há nele treva nenhuma” (Primeira Epístola de João 1.5b). Sendo assim, como assim é, “Deus não é homem, para que minta; nem filho do homem para que se arrependa, tendo ele prometido, não o fará? Ou, tendo falado, não o cumprirá?” (Números 23.19). Desse modo, não há o menor risco de que as promessas de Deus não sejam plenamente cumpridas: “E esta é a promessa que ele mesmo nos fez, a vida eterna” (Primeira Epístola de João 2.25). Em segundo lugar, Deus não pode deixar de ser Deus, isto é, o que Ele é hoje é o que Ele foi ontem; e o que será para sempre, até porque sendo um Espírito eterno e autoexistente, Deus não está sujeito às contingências da temporalidade. Tal verdade teológico-doutrinária, por sua sobrante evidência escriturística, não deveria ser objeto de qualquer espécie de controvérsia. Não deveria, mas, lamentavelmente, é. Basta que nos reportemos aos arautos do teísmo aberto/teologia relacional que, ressuscitando velhas e rechaçadas heresias, insistem em afirmar que Deus, voluntária e deliberadamente, abriu mão de alguns atributos, tais como a sua onisciência, por meio da qual Deus sabe de todas as coisas; o fim, antes do começo. Ao abrir mão desse seu atributo incomunicável, Deus, na ótica dessa estranha teologia, sabe sobre o futuro, exatamente o que cada ser humano sabe: nada. Por esse viés, o máximo que Deus pode fazer, em sua autoconsentida insciência sobre todas as coisas, é estar ao nosso lado, a fim de construir conosco o futuro, encarado, nessa perspectiva, como uma realidade inteiramente aberta. Houve mesmo um famoso pregador brasileiro que afirmou que quando o devastador tsunami matou milhares de pessoas em geografias asiáticas, Deus não sabia de coisa alguma a esse respeito, tendo sido pego de surpresa. Estamos, decisivamente, diante de uma canhestra caricatura do Deus soberano e glorioso que se revela nas Escrituras Sagradas, em cujas inspiradas páginas aprendemos exatamente o oposto, isto é, aprendemos que Deus é onipotente, onisciente e onipresente; e governa todas as coisas de modo soberano, sábio, santo e providencial. Um Deus que desconhece o futuro não é o Deus único, vivo e verdadeiro; não é o Deus dos santos profetas e apóstolos; não é o Pai do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo; antes, é um ídolo fabricado pela pecaminosa mente dos homens. Em terceiro lugar, Deus não pode tomar o culpado por inocente; não pode ignorar que o pecado é algo sobremaneira hediondo, que fere a santidade do criador e é passível de morte: morte física, espiritual e, a pior de todas, a morte eterna, separação definitiva entre a alma e Deus. Separação essa que é fonte de indescritível e perene sofrimento. Por fim, Deus não pode jamais deixar de amar o seu povo, menina dos seus olhos, sua particular e preciosa herança. O amor de Deus por seu povo é tão grande que Ele não hesitou em dar o seu Filho amado para morrer a mais terrível das mortes: a morte de cruz, por meio da qual fomos redimidos e libertados da opressiva escravidão do pecado e, de igual modo, transportados para a gloriosa liberdade do “reino do Filho do seu amor”. Meditar em tais verdades é fundamental para a vivência de um cristianismo saudável e rigorosamente bíblico. O ponto seminal é conhecermos realmente quem é Deus, a fim de que, instruídos por sua Palavra, possamos adorá-lO em espírito e em verdade; cultuá-lO e viver para o seu louvor e glória. SOLI DEO GLORIA NUNC ET SEMPER. JOSÉ MÁRIO DA SILVA PRESBÍTERO

Orai sem Cessar (final)

ORAI SEM CESSAR (FINAL) Conforme dissertamos na meditação dominical da semana passada, a oração é um componente inseparável da vida cristã, um imperativo da graça, uma clara ordenança do Senhor ao seu povo; e não uma mera opção a ser ou não seguida por cada um de nós, de acordo com as nossas subjetivas decisões. Assim, é simplesmente inconcebível que alguém se declare um servo de Deus, alcançado por sua salvífica graça, regenerado pelo onipotente poder do seu Espírito Santo e, mesmo assim, não ore, não sinta prazer em investir precioso tempo da sua vida cotidiana numa convivência amorosa com Deus por meio da oração. Assim como um infante chora, tão logo deixa o aconchegante casulo do útero materno, o crente deve orar, ao constatar que passou das trevas para a maravilhosa luz do seu Senhor. Por esse prisma, a oração é um ato sublime de amor, por intermédio do qual, o crente deve expressar, com toda a intensidade dos afetos presentes em sua alma, o seu amor a Deus, em justo reconhecimento ao que o Senhor fez, ao estender as suas misericordiosas mãos a um desvalido, que jazia no imundo chão da iniquidade e, ato contínuo, caminhava, celeremente, para uma completa e eterna perdição. Ora, considerando que a oração é um diálogo permanente da alma com o bendito criador, na medida em que, em nosso viver diário, nós desprezamos a oração, na prática, nós estamos asseverando que o nosso amor pelo Senhor é bem diminuto, visto que não nos apraz cultivar, o mais demoradamente possível, a companhia daquele que dizemos ser a razão primacial da nossa vida. Nesse sentido, convém fixarmos, indesviavelmente, os nossos olhos na pessoa do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, cujo indeclinável e ardente amor pelo Pai expressou-se, dentre outros aspectos, por uma vida que, ao longo de trinta e três anos, foi sumamente dedicada à oração, na qual ele consumiu-se e consumou-se, ao cumprir, cabalmente, todo o seu ministério. Além de um ato de amor, a oração também é um poderoso instrumento que Deus nos concede, a fim de podermos combater a ansiedade que, frequentemente, insiste em rondar-nos e fazer do nosso coração a sua morada mais privilegiada. Na epístola endereçada aos irmãos da cidade de Filipos, de modo enfático e consolador, Paulo exorta: “Não andeis ansiosos por coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças (Filipenses 4.6). A santa e providencial recomendação apostólica em tudo se harmoniza com as palavras proferidas por Jesus Cristo no grandioso Sermão do Monte: “Por isso, vos digo: não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir” (Mateus 6.25a). Depreende-se, claramente, das palavras do Filho de Deus, que a ansiedade humana radica nas milenares preocupações que nos assaltam no tocante à nossa sobrevivência terrena, cercada, toda ela, por variada espécie de necessidades: comer, vestir, dentre outras. Nesse contexto de multiplicadas e recorrentes pressões, ávidas por transformar a nossa vida num barquinho indefeso e sacudido para todos os lados pelos inclementes vendavais da existência, a oração pontifica como um antídoto contra o desespero; um eficaz remédio contra as massacrantes e inúteis preocupações; um lenitivo seguro contra a ansiedade que oprime o peito; rouba a alegria; planta a malfazeja semente da incredulidade; extingue a paz; faz do presente sinônimo de completo desassossego; e, do futuro, uma aflitiva e irrespondível indagação. Contra todos esses flagelos que atormentam a alma, a oração emerge como um poderoso recurso de Deus, com o qual nós lutamos e com o qual nós vencemos. Ato de amor, remédio para a ansiedade, a oração, de igual modo, é uma arma imprescindível na batalha que os pregadores travam, tendo como alvo a conquista de vidas para o Senhor. Conquanto estejamos bem persuadidos de que, em última análise, a tarefa de conversão de uma alma é prerrogativa indisputável de Deus, que nela exerce as irresistíveis operações do seu Santo Espírito, dobra a sua congênita dureza e a conduz, arrependida, aos pés do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, não estamos menos conscientes da responsabilidade de orarmos por todos aqueles a quem vamos evangelizar. Tal verdade teológico-doutrinária, de que é Deus quem regenera o coração de um pecador, amplamente chancelada pelas Escrituras Sagradas, não anula as responsabilidades que pesam sobre os que trazem em seus ombros a missão de proclamar o evangelho a todas as criaturas. Como bem sentencia o apóstolo Paulo, devemos “anunciar todo o conselho de Deus (Atos 20.27b), na inteira dependência do Espírito Santo, traduzida no exercício contínuo da oração. Na epístola encaminhada aos crentes da cidade de Éfeso, Paulo pede oração “para que me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra, para, com intrepidez, fazer conhecido o mistério do evangelho, pelo qual sou embaixador em cadeias, para que, em Cristo, eu seja ousado para falar, como me cumpre fazê-lo” (Filipenses 6.19b-20). A petição apostólica é nítida em seu escopo: ele anela por autoridade na transmissão do evangelho da graça de Deus. Autoridade essa que somente lhe será concedida por meio da oração. Oração que expõe diante de Deus a nossa insuficiência e, de igual modo, descansa na completa suficiência de Deus. O problema é que, às vezes, nós confiamos em nossa suposta cultura bíblica; em nosso aparentemente lógico e irresistível poder de argumentação; na presumível eficácia de nosso método comunicacional. Assim procedendo, esquecemo-nos de que, sem a imprescindível assistência do Espírito Santo de Deus, pela qual devemos rogar em perseverante oração, os nossos esforços, por mais bem intencionados que sejam, resultarão inteiramente malogrados. A oração, à luz das Escrituras Sagradas, também nos auxilia a cultivar, num mundo confuso e eivado de erros de toda a espécie, a atitude de discernimento diante da babel de vozes que se elevam e querem conquistar nossas mentes e corações. É nesse patamar que aprendemos que oração e Palavra de Deus nunca podem andar desconectadas uma da outra; antes, devem ser faces indissociáveis. Escola do Espírito, no lúcido dizer do Reformador João Calvino, a Palavra de Deus é nossa Regra Única de Fé e de Prática, legislação autoritativa e suficiente para todas as áreas da nossa vida. A Escritura, sem oração, pode tornar-nos ortodoxos frios e racionalistas, perigo que sempre rondou a teologia em sua feição mais acadêmica e escolástica. A oração, sem a Escritura, é uma porta escancarada para o misticismo mais desarrazoado e para o fanatismo mais destruidor. Pautada pelas Escrituras Sagradas, a nossa vida de oração encontrará instrução sólida, a fim de que nos harmonizemos com a “boa, perfeita e agradável vontade de Deus” (Romanos 12.2b). Em suma: orando tendo como balizamento supremo a Palavra de Deus, obteremos a graça do discernimento espiritual, que nos capacitará o ouvir, tão somente, a voz do Bom Pastor, o único que nos “restaura a alma e nos conduz aos pastos verdejantes” (Salmo 23.2,3). Por fim, a oração fortalece a nossa alma e nos capacita para enfrentarmos as duras e necessárias provações que Deus, em sua providência misteriosa e santa, nos destina, a fim de provar-nos e aprovar-nos na caminhada da fé. Num dos mais belos versículos da Palavra de Deus, o apóstolo Paulo sentencia: “Regozijai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, na oração, perseverantes” (Romanos 12.12). Quando somos visitados por uma rigorosa professora chamada tribulação, alegramo-nos na esperança da glória de Deus, que é Jesus Cristo, e somos instados a perseverar na oração. Oremos sem cessar, amados irmãos e cumpramos, desse modo, um explícito mandamento do Senhor. SOLI DEO GLORIA NUNC ET SEMPER. JOSÉ MÁRIO DA SILVA PRESBÍTERO

ORAI SEM CESSAR

Embora as Escrituras Sagradas, no geral, sejam justamente consideradas claras em seu conteúdo revelatório, é fato incontestável que há porções bíblicas que oferecem certo grau de dificuldade interpretativa, fazendo-se necessária, nesses casos, a presença de ferramentas exegético-contextuais mais efetiva. Por outro lado, textos há em que o significado é absolutamente cristalino, dado, devendo o crente simplesmente submeter-se a eles e colocá-los em prática em seu viver cotidiano. A esse segundo grupo pertence, por exemplo, o texto que funciona como título desta meditação dominical, extraído da Primeira Epístola que o apóstolo Paulo endereçou à igreja de Tessalônica (1 Tessalonicenses 5.17). Orar sem cessar significa orar continuamente, sem interrupção; fazer da oração uma atitude espiritual permanente de uma vida que tenciona, verdadeiramente, experimentar real comunhão com Deus. Na verdade, o Deus revelado nas Escrituras Sagradas já preordenou todas as coisas que acontecem de modo sábio, santo e amoroso, tudo compatibilizado com o conselho da sua boa, perfeita e agradável vontade. Diante, pois, de verdade tão profunda quanto sobrantemente bíblica, uma indagação, inapelavelmente, se impõe: se Deus já sabe, por que orar? Aliás, tal questionamento, em toda a sua formulação verbal, corresponde ao título de um belo livro escrito pelo pastor e teólogo norte-americano Douglas Kelly. Considerando que a preordenação de Deus acerca de todas as coisas, ancorada na sublime doutrina da soberania divina e do exercício glorioso da sua providência, em nada se confunde com a filosofia desesperadora do determinismo cego e fatalista, nós devemos atender, com alegria e humildade, à santa exortação apostólica, e orar, sempre, e sem cessar. Propomo-nos, pois, a partir de agora, a arrolar algumas razões nucleares pelas quais devemos orar sem cessar, mesmo persuadidos pelas Escrituras Sagradas que, em última análise, é o propósito eterno de Deus que vai prevalecer. Em primeiro lugar, devemos orar sem cessar pelo simples fato de estarmos diante de um mandamento do Senhor, um explícito imperativo da graça; e não de uma opção ou alternativa cuja observância fica ao sabor e arbítrio da nossa subjetiva decisão. Orar, antes de qualquer coisa, é uma ordenança do Senhor. Sendo assim, na condição de servos de Deus, é dever intransferível nosso fazer o que ele nos manda em sua normativa e suficiente Palavra. Do contrário, seremos arrolados como desobedientes. Em segundo lugar, devemos orar, porque o Deus que preordena o fim último das coisas é o mesmo que estabelece os meios para a sua consumação. A oração, nesse sentido, é o meio determinado por Deus, em sua Palavra, para conceder-nos as suas maravilhosas bênçãos, provenientes do seu bondoso ser e alicerçadas em suas infalíveis promessas. Certamente, era propósito de Deus conceder a Ana, esposa de Elcana, um filho; fertilizar a sua madre e livrá-la da humilhação constante a que ela era submetida por sua rival Penina, num contexto histórico em que não gerar filhos era profundamente constrangedor para uma mulher. Mas, foi pela instrumentalidade da agônica e confiante oração que Ana fez, que Deus satisfez o desejou do seu coração e lhe concedeu Samuel, amado profeta do Senhor, filho tão anelado. Oração tão pungente que, a fim de traduzir o doloroso estado de alma em que Ana se encontrava, quase dispensou as palavras, ficando, tão somente, no território de um comovido sussurro do coração. Em terceiro, devemos orar sem cessar, porque a oração é um precioso meio de graça que Deus põe ao dispor do seu povo, tendo como objetivo maior enriquecer a sua vida espiritual. Os meios de graça não realidades mágicas, nem meramente ritualísticas, e nem operam desconectados do Deus de quem provém toda graça. Por intermédio deles, Deus comunica graça à sua igreja, fortalece-a e a aperfeiçoa em sua caminhada cotidiana. Em quarto lugar, devemos orar sem cessar, porque a oração é a respiração natural de uma alma que, outrora “morta em delitos e em pecados” (Efésios 2.1b), experimentou o milagre da regeneração. De uma pessoa que foi adotada na família de Deus e assumiu a privilegiada condição de filho de Deus. Respiração essa que agudiza em nós o desejo de estreitarmos os nossos laços de comunhão com aquele que nos criou para o seu louvor e glória, nos redimiu em Cristo Jesus e, por fim, tornou-nos a habitação definitiva do seu Santo Espírito. Em quinto lugar, devemos orar sem cessar, porque a oração foi uma das marcas indeléveis do ministério do Senhor Jesus Cristo. Os evangelhos neotestamentários mostram-nos, à exaustão, que Jesus Cristo, embora fosse verdadeiramente homem e verdadeiramente Deus, nunca se afastou da oração; antes a cultivava de modo recorrente e intenso. E sua oração ao Pai em favor do seu povo perdura até hoje por intermédio da contínua intercessão que ele, na condição de Sumo Sacerdote, realiza em favor de todos aqueles que se chegam Deus por sua eficaz mediação. Desse modo, sendo Jesus Cristo o nosso modelo supremo em todas as esferas do viver, devemos, no poder do Espírito Santo e atentos às orientações emanadas da sua Palavra, imitá-lo bem de perto no quesito da oração. Em sexto lugar, devemos orar sem cessar, porque a oração, ao mesmo tempo em que nos leva a depender do Senhor em todas as coisas, freia em nós a propensão pecaminosa para a autossuficiência e a soberba que, frequentemente, insistem em dominar-nos. Na incessante oração cotidiana, mais do que os joelhos, é o coração que devemos dobrar diante do Senhor, num humilde reconhecimento de que é dele que procede “toda boa dádiva e todo dom perfeito” (Tiago 1.17a); e de que sem Jesus Cristo “nada podemos fazer” (João 15.5b). A oração é o mapa bendito que nos conduz aos inexauríveis tesouros da graça e do poder de Deus. Por fim, devemos orar sem cessar, porque a oração é uma santa preparação de Deus para enfrentarmos os grandes e inesperados dramas da vida. Há uma passagem bíblica que é superlativamente emblemática acerca da matéria em apreço. De modo gracioso, “Jesus Cristo tomou consigo a Pedro e aos irmãos Tiago e João e os levou, em particular, a um alto monte” (Mateus 17.1b). Subitamente, por um ato de condescendência divina, Jesus transfigurou-se diante deles; “o seu rosto resplandecia como o sol, e as suas vestes tornavam-se brancas como a luz” (Mateus 17.2b). Tão esplêndido era o cenário e tão espetacular a experiência que os discípulos, na realidade, o apóstolo Pedro, com a impetuosidade própria do seu ardente temperamento, sentenciou: “Senhor, bom é estarmos aqui; se queres, farei aqui três tendas; uma será tua, outra para Moisés, outras para Elias” (Mateus 17.4b). Diante das empolgadas palavras de Pedro, o silêncio santo de Jesus Cristo. Contudo, ao descerem do monte, eis o contraste absoluto. No alto do monte, o Filho de Deus transfigurado. O testemunho do Pai acerca da filiação divina de Jesus Cristo: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; a ele ouvi” (Mateus 17.5b). Na planície, entretanto, era outra, bem outra a realidade. De um lado, um filho possuído por um demônio perverso. Do outro, um pai amargurado e suplicante. E, no meio desse quadro de desolação, os discípulos do Senhor Jesus Cristo impotentes diante da tenebrosa situação, simplesmente por causa da pequenez da fé e da ausência de uma vida pautada pela oração contumaz e pelo jejum devotado ao Senhor. Assim é também conosco. No alto do monte queremos estar, permanentemente, acomodadamente, ignorando que, ao descermos, as tribulações mostrarão a face mais dura da existência, daí a necessidade de orarmos, orarmos sem cessar. Sopra sobre nós, Senhor, o cálido fogo do seu Santo Espírito e aquece os nossos corações de modo tal que venhamos a fazer da oração parte inseparável da nossa vida. Orar, orar sem cessar, eis o urgente desafio para todos nós. SOLI DEO GLORIA NUNC ET SEMPER. JOSÉ MÁRIO DA SILVA PRESBÍTERO

Igreja Reformada em Campinas - Soli Deo Gloria: Seguindo a Jesus – Morrendo para Tudo! Discípulos ...

Seguindo a Jesus – Morrendo para Tudo! Discípulos de Jesus ou parte das Multidões?

Série de Estudos no Evangelho de Marcos
Marcos 1:12-20 - 12 Logo após, o Espírito o impeliu para o deserto. 13 Ali esteve quarenta dias, sendo tentado por Satanás. Estava com os animais selvagens, e os anjos o serviam. 14 Depois que João foi preso, Jesus foi para a Galiléia, proclamando as boas novas de Deus. 15 “O tempo é chegado”, dizia ele. “O Reino de Deus está próximo. Arrependam-se e creiam nas boas novas!” 16 Andando à beira do mar da Galiléia, Jesus viu Simão e seu irmão André lançando redes ao mar, pois eram pescadores. 17 E disse Jesus: “Sigam-me, e eu os farei pescadores de homens”. 18 No mesmo instante eles deixaram as suas redes e o seguiram. 19 Indo um pouco mais adiante, viu num barco Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, preparando as suas redes. 20 Logo os chamou, e eles o seguiram, deixando seu pai, Zebedeu, com os empregados no barco.Divisão do Estudo:
I) MORRENDO PARA AS VONTADES DOS HOMENS – v.12-13 (Jesus dá o exemplo)
II) PREGANDO A MORTE ÀS PRÓRPRIAS VONTADES – v. 14-5
III) MORRENDO PARA AS VONTADES – O VERDADEIRO DISCÍPULO – v.16-20
Introdução:
* O que o Senhor tem nos chamado a deixar de lado para segui-Lo de todo coração?
* Quais tem sido os obstáculos que temos colocado como “boas” desculpas para não sacrificarmos tudo neste mundo para vivermos para Cristo somente?
I – MORRENDO PARA AS PRÓPRIAS VONTADES (v.12-13)
V. 12-13 - 12 Logo após, o Espírito o impeliu para o deserto. 13 Ali esteve quarenta dias, sendo tentado por Satanás. Estava com os animais selvagens, e os anjos o serviam. –
Logo após seu batismo – Jesus acabou de ser proclamado o Cristo e Filho de Deus – você esperaria anjos descendo e prostrando diante dEle, mas não é isso que ocorre. Jesus é levado/jogado (ekballo) pelo Espírito Santo ao deserto, onde é testado pelo Pai e tentado por satanás.
“40 dias” --- leva o leitor de volta aos 40 anos de Israel no deserto. Tempo no qual o povo judeu se rebelou contra o Senhor devido as vontades temporárias!
Deut. 8:1-2, 16 --- “1 Todos os mandamentos que hoje vos ordeno guardareis para os cumprir; para que vivais, e vos multipliqueis, e entreis, e possuais a terra que o SENHOR jurou a vossos pais. 2 E te lembrarás de todo o caminho, pelo qual o SENHOR teu Deus te guiou no deserto estes quarenta anos, para te humilhar, e te provar, para saber o que estava no teu coração, se guardarias os seus mandamentos, ou não... 16 Que no deserto te sustentou com maná, que teus pais não conheceram; para te humilhar, e para te provar, para no fim te fazer bem”
Em Mateus 4:1-11 e Lucas 4:1-13 – temos um relato mais completo da tentação. Marcos não foca nas tentações, mas na tentação em si, pois ele quer mostrar o poder de Jesus sobre satanás!
Como que Jesus vence as tentações? Como Jesus morre para as vontades carnais?
Submetendo-se a Deus através da aplicação das Escrituras/Bíblia.
Para cada tentação, Jesus cita uma passagem do Pentateuco!
Tiago 4:7 - Submetam-se a Deus. Resistam ao Diabo, e ele fugirá de vocês.
Deus concede a vitória e ajuda aos que se humilham e se submetem a Sua vontade!
Salmo 91:9-13 - 9 Porque tu, ó SENHOR, és o meu refúgio. No Altíssimo fizeste a tua habitação. 10 Nenhum mal te sucederá, nem praga alguma chegará à tua tenda. 11 Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos. 12 Eles te sustentarão nas suas mãos, para que não tropeces com o teu pé em pedra. 13 Pisarás o leão e a cobra; calcarás aos pés o filho do leão e a serpente.
· Jesus mostra como morrer para as próprias vontades e as conseqüências dessa morte – Vitória sobre satanás!
· Deus irá levar-nos a lugares onde seremos testados por Ele e tentados pelo diabo – precisamos estar submissos e enraizados na Palavra!
II) PREGANDO A MORTE ÀS PRÓPRIAS VONTADES (v. 14-15)
V. 14-15 - 14 Depois que João foi preso, Jesus foi para a Galiléia, proclamando as boas novas de Deus. 15 “O tempo é chegado”, dizia ele. “O Reino de Deus está próximo. Arrependam-se e creiam nas boas novas!”.
V.14 --- Marcos, por enquanto, não quer focar nos motivos e detalhes da prisão de João – ele fará isso mais tarde (6:14-29 – o rei Herodes havia casado com sua cunhada e Batista condenou o ato). Agora o evangelista está interessado na missão do Servo de Deus.
*Jesus sai do deserto e parte para a região da Galiléia! Uma grande parte do seu ministério será concretizado nessa região!
* Vai para a Galiléia – PREGANDO/PROCLAMANDO (kerysso) o Evangelho de Deus!
Mas o Evangelho é de Jesus Cristo ou de Deus?
Dos dois! É sinônimo! As Boas Novas de Deus é que o homem é reconciliado com Ele através da vida e da morte de Jesus!
V.15 - A Pregação de Jesus: “O tempo é chegado”, dizia ele. “O Reino de Deus está próximo. Arrependam-se e creiam nas boas novas!”
1) “O TEMPO É CHEGADO!” --- Que tempo é esse?
Ele não usa a palavra χρόνος (chronos - tempo linear), mas sim καιρός (kairos – tempo específico) --- um momento decisivo na história da humanidade. A era escatológica do cumprimento das profecias do Antigo Testamento.
Rom. 5:6 – De fato, no devido tempo, quando ainda éramos fracos, Cristo morreu pelos ímpios. 7 Dificilmente haverá alguém que morra por um justo, embora pelo homem bom talvez alguém tenha coragem de morrer. 8 Mas Deus demonstra seu amor por nós: Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores.
Ef. 1:10 - Nele temos a redenção por meio de seu sangue, o perdão dos pecados, de acordo com as riquezas da graça de Deus, 8 a qual ele derramou sobre nós com toda a sabedoria e entendimento. 9 E nos revelou o mistério da sua vontade, de acordo com o seu bom propósito que ele estabeleceu em Cristo, 10 isto é, de fazer convergir em Cristo todas as coisas, celestiais ou terrenas, na dispensação da plenitude dos tempos.
2) “O REINO DE DEUS ESTÁ PRÓXIMO” ---- O Reino de Deus não um tempo exato para ser cumprido, pois é algo eterno (passado-presente-futuro), cumprido e esperado, presente e iminente. “A declaração de que o Reino de Deus está próximo é dizer que Deus está cumprindo seu propósito eterno, ao invés de tentar especificar um tempo no passado ou no futuro” (R.T. France).
3) “ARREPENDAM-SE” ---- μετανοέω - mudança de mente, uma mudança radical no modo de pensar que te leva a agir de outra forma! Por isso é também mudança de direção.
* Isso não é uma vez só, não é um mero remorso, ou um mero sentimento de culpa – é a consciência que você transgrediu, pecou contra Deus e que necessita não repetir o pecado!
4) “CREIAM NO EVANGELHO” --- Crer no Evangelho vai muito além de um mero entendimento mental. Vai muito além de crer que o Evangelho é verdade. Crer (pisteo) significa confiar! Crer no Evangelho de Deus significar aceitar e comprometer-se! Crer no Evangelho significa viver o Evangelho! Sua fé é demonstrada por frutos e não por uma mera declaração!
Jesus prega que para entrarmos no Reino de Deus, para sermos cidadãos desse reino celestial é necessário que as nossas vontades carnais sejam mortas e mudadas, e que a nossa vida seja marcada pela confiança e comprometimento para com o Senhor!
* Morte para as nossas vontades!!!
E agora o evangelista vai demonstrar alguns exemplos.
III) MORRENDO PARA AS PRÓPRIAS VONTADES (v.16-20)
VS.16-20 - 16 Andando à beira do mar da Galiléia, Jesus viu Simão e seu irmão André lançando redes ao mar, pois eram pescadores. 17 E disse Jesus: “Sigam-me, e eu os farei pescadores de homens”. 18 No mesmo instante eles deixaram as suas redes e o seguiram. 19 Indo um pouco mais adiante, viu num barco Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, preparando as suas redes. 20 Logo os chamou, e eles o seguiram, deixando seu pai, Zebedeu, com os empregados no barco.
Alguns fatos importantes a serem notados:
1) Jesus já conhecia esses homens – não foi a primeira vez que eles se encontraram (Lucas 5 e João 1:35-42).
2) Esses homens não eram “fáceis”. O caráter e a personalidade deles eram difíceis. A gente vê a soberania e poder de Jesus!
3) Esses 4 discípulos serão personagens de extrema importância para o decorrer da história.
VS. 16-17 - Andando à beira do mar da Galiléia (era um lago de 22 km de extensão e 6 km de largura – lugar com vários pescadores e barcos), Jesus viu Simão e seu irmão André lançando redes ao mar, pois eram pescadores.
17 E disse Jesus: “Sigam-me (chega de contato esporádico, chega de superficilaidade) e eu os farei pescadores de homens”.
** O que é de extrema contradição para a cultura judaica é que o rabino jamais chamava os discípulos!
Esse versículo demonstra toda autoridade, poder e soberania do rei Jesus!
1) É Ele quem chama –“sigam-me”
2) É Ele quem transforma as pessoas! Só Ele tem poder para transformar – “eu os farei”
3) A obra é toda dEle!!!
V.18-20 - No mesmo instante (euthus – imediatamente) eles deixaram as suas redes e o seguiram 19 Indo um pouco mais adiante, viu num barco Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, preparando as suas redes. 20 Logo os chamou, e eles o seguiram, deixando seu pai, Zebedeu, com os empregados no barco..
3 coisas de extrema importância que foram deixadas para traz:
a)Deixaram as Redes” --- largaram aquilo que trazia toda a renda deles! Todo o dinheiro deles vinha através daquelas redes.
“Deixar as redes” significa uma total dependência da provisão do Senhor Jesus. Significa falar, “Senhor, se esse trabalho que provê tanto para minha família não é o que Você quer para mim, eu estou disposto a largá-lo para Te agradar!
Pouquíssimas pessoas estão dispostas a ouvir o Senhor Jesus dizer, “deixe essa rede aqui, quero te dar outra rede”. Mais e mais os cristãos lutam, sacrificam tudo para ter um emprego “bom”. O coração e o ouvido se endurecem tanto que não conseguem e não querem ouvir se o Espírito está querendo mover a família para uma nova direção!
** Essas redes que eles deixaram estava lotadas de peixes = $$$. Veja Lucas 5:6 Quando o fizeram, pegaram tal quantidade de peixes que as redes começaram a rasgar-se. 7 Então fizeram sinais a seus companheiros no outro barco, para que viessem ajudá-los; e eles vieram e encheram ambos os barcos, ao ponto de começarem a afundar.
Está Jesus, verdadeiramente, acima das suas vontades financeiras?
b)Deixaram o Pai” --- Numa cultura extremamente patriarca, onde o desonrar o pai e a mãe são pecados capitais – Jesus deixa claro que o discipulado, o seguir a Jesus vem acima de tudo e de todos!
Familiares - família, geralmente, é sempre um grande motivo de desculpas para não obedecermos a Cristo! Por temor físico, por medo de ofendê-los, mas Jesus mostra que o verdadeiro discípulo está disposto a perder esses laços familiares!
c)Deixaram os Empregados e os Barcos” --- Deixaram todo o conforto e segurança!
A maior desculpa hoje em dia para não sermos radicais por Jesus é a de que “eu preciso ser “prudente”!” --- Os cristãos hoje em dia vivem para o trabalho, para conseguir comprar mais e mais coisas, ignoram o chamado de Deus na vida para que consigam uma vida confortável e segura materialmente!
Muitos se denominam e se chamam de cristãos!
Mas poucos realmente são discípulos de Jesus!
Ser discípulo de Jesus NUNCA foi e NUNCA será algo gostoso, confortável e da moda.
As palavras mais duras de Jesus são para os que o seguiriam:
Marcos 8:34-38 - Então ele chamou a multidão e os discípulos e disse: “Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. 35Pois quem quiser salvar a sua vida, a perderá; mas quem perder a sua vida por minha causa e pelo evangelho, a salvará. 36 Pois, que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? 37 Ou, o que o homem poderia dar em troca de sua alma? 38 Se alguém se envergonhar de mim e das minhas palavras nesta geração adúltera e pecadora, o Filho do homem se envergonhará dele quando vier na glória de seu Pai com os santos anjos”.
Lucas 9:57-62 - Quando andavam pelo caminho, um homem lhe disse: “Eu te seguirei por onde quer que fores”. 58 Jesus respondeu: “As raposas têm suas tocas e as aves do céu têm seus ninhos, mas o Filho do homem não tem onde repousar a cabeça”. 59 A outro disse: “Siga-me”. Mas o homem respondeu: “Senhor, deixa-me ir primeiro sepultar meu pai”. 60 Jesus lhe disse: “Deixe que os mortos sepultem os seus próprios mortos; você, porém, vá e proclame o Reino de Deus”. 61 Ainda outro disse: “Vou seguir-te, Senhor, mas deixa-me primeiro voltar e despedir-me da minha família”. 62 Jesus respondeu: “Ninguém que põe a mão no arado e olha para trás é apto para o Reino de Deus”.
Lucas 14:25-35 - Uma grande multidão ia acompanhando Jesus; este, voltando-se para ela, disse: 26 “Se alguém vem a mim e ama o seu pai, sua mãe, sua mulher, seus filhos, seus irmãos e irmãs, e até sua própria vida mais do que a mim, não pode ser meu discípulo. 27 E aquele que não carrega sua cruz e não me segue não pode ser meu discípulo. 28 “Qual de vocês, se quiser construir uma torre, primeiro não se assenta e calcula o preço, para ver se tem dinheiro suficiente para completá-la? 29 Pois, se lançar o alicerce e não for capaz de terminá-la, todos os que a virem rirão dele, 30 dizendo: ‘Este homem começou a construir e não foi capaz de terminar’. 31“Ou, qual é o rei que, pretendendo sair à guerra contra outro rei, primeiro não se assenta e pensa se com dez mil homens é capaz de enfrentar aquele que vem contra ele com vinte mil? 32 Se não for capaz, enviará uma delegação, enquanto o outro ainda está longe, e pedirá um acordo de paz. 33 Da mesma forma, qualquer de vocês que não renunciar a tudo o que possui não pode ser meu discípulo.
Temo que muitos cristãos não entendem a profundidade e o desafio que é ser discípulo de Jesus:
1) vida de submissão a vontade de Deus, como Jesus no deserto.
2) Uma vida de arrependimento e mudança radical constante da mente e das ações.
3) Uma vida de confiança – fé – total dependência da presença e da Palavra de Deus e não a dependência por bens materiais.
4) Uma vida que está disposta a “deixar as redes” – largar o tão batalhado e suado emprego, para viver na simplicidade do Evangelho.
5) Uma vida que está disposta a perder herança familiar, disposta a gerar “guerra” dentro da família, e sofrer outros danos por amor a Cristo!
6) Uma vida que não se importa com o conforto material.
Uma vida mais preocupada com agradar e a seguir a Jesus de perto, com ganhar almas do que com o conforto temporário!
Uma vida que pesca homens e não é pescado por homens/mundo!
Leia João 6:51-66! Veja que muitos abandonaram, pois não agüentaram!
FINAL:
Pai, eu oro para que o Senhor nos livre dessa mentalidade de que essa vida terrena e temporária é o que há de mais importante neste mundo – Livra-nos das tentações de sacrificar o nosso chamado para sermos santo por causa de empregos, dinheiro, diplomas, carros, roupas, e conforto! Faz-nos pescadores de homens e mulheres! Cristãos radicais pela Sua Palavra.
Perguntas para a semana:
1) Como posso ter a Palavra de Deus enraizada no meu coração para que quando for tentado possa citá-la?
2) Converse e pense sobre ARREPENDIMENTO e FÉ. Ache passagens que fale sobre esses dois assuntos.
3) Leia as passagens que fala o que envolve ser um discípulo de Jesus e examine se você realmente tem sido um discípulo de Cristo ou um membro das multidões.

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