D.M. Lloyd-Jones A parabola do pai amoroso! (filho pródigo)

Não há parábola ou discurso de nosso Senhor que seja tão conhecido e tão popular como a parábola do filho pródigo. Nenhuma outra parábola é citada com mais freqüência em discussões religiosas, ou mais usada para apoiar várias teorias ou controvérsias em relação a este assunto. E é verdadeiramente espantoso e admirável quando observamos as inumeráveis formas em que ela é usada, e a infinita variedade de conclusões a que afirmam que ela leva. Todas as escolas de pensamentos parecem ter uma reivindicação sobre a mesma: ela é usada para provar toda espécie de teorias e idéias opostas, que combatem umas às outras e que se excluem mutuamente. É bastante claro, portanto, que a parábola pode facilmente ser manipulada ou mal interpretada. Como podemos evitar esse perigo? Quais os princípios que devem nos orientar quando a interpretamos? Pessoalmente creio que há dois principais fundamentais que devem ser observados, e que se observados, garantirão uma interpretação correta.
O primeiro principio é que sempre devemos nos precaver do perigo de interpretar qualquer passagem das Escrituras de uma forma que entre em conflito com o ensino geral da Bíblia. O Novo Testamento deve ser examinado como um todo. É uma revelação completa e integral, dada por Deus através dos Seus servos - uma revelação que foi dada em partes que, unidas, formam uma unidade completa. Portanto, não há contradições entre essas várias partes, não há conflito nem passagens ou declarações irreconciliáveis. Isso não significa que podemos entender cada uma de suas declarações. O que estou dizendo é que não há contradição nas Escrituras e sugerir que os ensinos de Jesus Cristo e de Paulo, ou os ensinos de Paulo e dos demais apóstolos não concordam entre si é contrário a todas as reivindicações do Novo testamento em si, e as reivindicações da Igreja através dos séculos, até o levantamento da chamada escola da alta crítica, há cerca de cem anos atrás. Não preciso abordar a questão aqui. Basta dizer que são apenas os críticos mais superficiais, os que agora estão ultrapassando em muitos anos, que ainda tentam defender uma antítese entre o que chamam de “a religião de Jesus” e a “fé do apóstolo Paulo”. Escrituras devem ser comparadas com Escrituras. Cada teoria que desenvolvemos deve ser testada pelo conjunto geral de doutrinas e dogmas da Bíblia toda, e que foi definido pela Igreja. Se esta regra fosse lembrada e observada, a maioria das heresias jamais teria surgido.
O segundo principio é um pouco mais específico: sempre devemos evitar o perigo de chegar a conclusão negativas a respeito dos ensinos de uma parábola. Isso não se aplica somente a esta parábola em particular, mas a toda as parábolas. Uma parábola nunca tem o propósito de ser um esboço completo da verdade. Seu objetivo é comunicar uma grande lição, ou apresentar um grande aspecto de uma verdade positiva. Sendo esse o seu objetivo e propósito, nada é mais tolo do que chegar a conclusões negativas a respeito de uma parábola. A omissão de certas coisas numa parábola não tem qualquer significado particular. Uma parábola é importante e significativa por causa daquilo que ela diz, e não devido às coisas que não diz. O seu valor é exclusivamente positivo, e de forma alguma negativo. Ora, digo a vocês que a desconsideração desta simples regra tem sido responsável pela maioria das estranhas e fantásticas teorias e idéias supostamente desenvolvidas a partir desta parábola do filho pródigo. É impressionante que tal coisa tenha sido possível, pois se aquele que fizeram isso tão-somente tivessem examinado as outras duas parábolas que encontramos neste mesmo capítulo, teriam compreendido imediatamente até que ponto seus métodos foram injustificáveis. Porque então, não tiraram delas também conclusões negativas? E igualmente com todas as outras parábolas?
Mas, à parte disso, como é ridículo e ilógico, basear e estabelecer nosso sistema de doutrina sobre algo que não é dito! É por demais desonesto! Desonesto, porque ignora toda a autoridade, deixando-nos sem quaisquer padrões exceto nossos próprios preconceitos, desejos e imaginações. E isso, repito, é o que tem sido feito com esta parábola com tanta freqüência. Quero ilustrar isso, lembrando-lhes de algumas das falsas conclusões tiradas desta parábola. Não seria esta parábola a qual se referem constantemente quando tentam provar que idéias de justiça, juízo e ira são completamente estranhas à natureza de Deus e aos ensinos de Jesus a respeito dEle? “Não vemos nada aqui”, dizem, “acerca da ira do pai, nem qualquer exigência de certos atos por parte do filho — somente amor, puro amor, nada senão amor”. Este é um exemplo típico de uma conclusão negativa tirada desta parábola. Só porque ela não apresenta um ensino declarado sobre a justiça e ira de Deus, presumem que tais características não fazem parte da natureza de Deus. O fato de Jesus Cristo enfatizar essas características em outros textos é completamente ignorado. Outro exemplo é o ensino de que esta parábola elimina a absoluta necessidade de arrependimento. Ouvi falar de um pregador que tentou provar que o pródigo era um farsante, mesmo quando voltou para casa, que ele decidiu dizer algo que soasse bem, ainda que realmente não viesse do seu coração, apenas para impressionar o pai, e que a repetição exata de suas palavras provava isso. O ponto crucial era que, apesar de tudo isso, apesar da repetição hipócrita das palavras, ainda assim o pai o perdoou. O argumento final desse pregador era que o pai não disse uma palavra concernente ao arrependimento. Portanto, uma vez que ele nada disse a respeito, não é importante; uma vez que o arrependimento não é ensinado nem enfatizado pelo pai, isso significa que arrependimento diante de Deus não importa!
Mas talvez a mais séria de todas as conclusões falsas é aquela que declara que não há necessidade de um mediador entre Deus e o homem e que a idéia de expiação é estranha ao evangelho — a qual deve ser atribuída à mente legalista de Paulo. “A parábola não faz qualquer menção”, dizem, “de alguém entre o pai e o filho. Nenhuma referência é feita sobre outra pessoa pagando um resgate, ou fazendo uma expiação; vemos apenas uma interação direta entre o pai e o filho, resultante apenas da volta do filho daquela terra distante”. Desde que tais coisas não são mencionadas ou enfatizadas de forma específica na parábola, essas pessoas concordam que elas não são realmente importantes ou imprescindíveis. Como se o objetivo de nosso Senhor nesta parábola fosse apresentar um esboço completo de toda a verdade cristã, e não apenas ensinar um aspecto dessa verdade. Certamente deve ser óbvio para você que, se um processo semelhante fosse aplicado a todas as parábolas, teríamos um completo caos, e enfrentaríamos uma multidão de contradição!
O propósito de uma parábola, então, é nos apresentar e ensinar uma grande verdade positiva. E se há um caso em que isso deve ser claro e evidente, é no caso desta parábola. Não é por acaso que ela é parte de uma série de três parábolas. Nosso Senhor parece ter feito um esforço especial para nos proteger do perigo ao qual estou referindo. Contudo, mesmo à parte disso, a chave de tudo nos é oferecida nos dois primeiros versículos do capítulo, que nos fornecem o contexto essencial. “E chegavam-se a ele os publicamos para o ouvir. E os fariseus e os escribas murmuravam, dizendo: este recebe pecadores, e come com eles”. Então se seguem estas três parábolas, obviamente com o objetivo de tratar dessa situação específica, e responder às objeções dos escribas e fariseus. E, como se desejasse acrescentar uma ênfase especial, nosso Senhor apresenta uma certa moral ou conclusão ao término de cada parábola. O elemento principal, certamente, é que há esperança para todos que o amor de Deus alcança, até mesmo publicanos e pecadores. A gloriosa verdade que brilha nesta parábola, e que o Senhor quer gravar em nós, é o maravilhoso amor de Deus, seu escopo e sua extensão; e isso é feito especialmente em contraste com as idéias dos fariseus e dos escribas sobre o assunto.
As primeiras duas parábolas têm o propósito de nos mostrar o amor de Deus expresso numa busca ativa do pecador, esforçando-se por encontrá-lo resgatá-lo; e elas nos mostram a alegria de Deus e de todas as hostes celestiais quando uma única alma é salva. E então chegamos a esta parábola do filho pródigo. Por que ela foi acrescentada? Por que essa elaboração suplementar? Por que um homem, em vez de uma ovelha ou moeda perdida? Certamente pode haver uma resposta. As primeiras duas parábolas enfatizam unicamente a atividade de Deus sem nos dizer coisa alguma a respeito das ações, reações ou condições do pecador; porém esta parábola é apresentada para realçar esse aspecto e esse lado da questão, para que ninguém seja tolo ao ponto de pensar que todos seremos salvos automaticamente pelo amor de Deus, assim como a ovelha e a moeda foram encontradas. O ponto fundamental ainda é o mesmo, mas sua aplicação aqui se torna mais direta e mais pessoal. Qual, então é o ensino desta parábola, qual é a sua mensagem para nós hoje? Vamos examiná-la à luz dos seguintes parâmetros.
A primeira verdade que ela proclama é a possibilidade de um novo começo, a possibilidade de um novo início, uma nova oportunidade, uma nova chance. O próprio contexto e cenário da parábola, como já mencionei, demonstra isso com perfeição. Foi porque eles sentiram e viram isso em Seus ensinos que os publicanos e pecadores “chegavam-se a ele para ouvir” — pois sentiam que havia uma oportunidade até mesmo para eles e que nos ensinos desse homem havia uma nova e viva esperança. E até mesmo os fariseus e os escribas viram exatamente a mesma coisa. O que irritava era que o Senhor tivesse qualquer tipo de associação com os publicanos e pecadores. Eles sempre tinham considerado tais pessoas como irrecuperáveis, sem qualquer esperança de redenção. Essa era a opinião ortodoxa de tais pessoas. Eram consideradas tão irremediáveis que eram totalmente ignoradas. A religião era para pessoas boas e nada tinha a ver com os que eram maus, e certamente nada tinha a lhes dar, nem aconselhava que boas pessoas se misturassem com os maus, tratando-os com bondade e oferecendo-lhes novas possibilidades. Então os ensinos de Senhor irritavam os fariseus e os escribas. Para eles qualquer um que visse possibilidade ou esperanças para um publicano ou pecador devia ser um blasfemo, e estava totalmente errado. Exatamente o mesmo ponto surge na parábola, nas diferentes atitudes do pai e do irmão mais velho para com o pródigo — não como ele devia ser recebido de volta, mas se ele devia ser recebido de volta, ou se merecia alguma coisa.
Isso, então é o que se salienta imediatamente. Existe a possibilidade de um novo começo, e isso para todos, mesmo para aqueles que parecem estar além de toda esperança. Não podia haver caso pior do que o do filho pródigo. Todavia até mesmo ele pode começar de novo. Ele chegara ao fim de si mesmo, tinha tocado os limites máximos da degradação, caindo tanto que não podia descer mais! Não há quadro mais desesperador do que o desse jovem, num país distante, em meio aos porcos, sem dinheiro e sem amigos, desesperançado e miserável, abandonado e desalentado. Mas até mesmo ele tem a oportunidade de um novo início; até mesmo ele pode começar outra vez. Há um ponto decisivo que pode resultar em êxito e felicidade, até mesmo para ele. Que evangelho abençoado, especialmente num mundo como o nosso! Que diferença a vida de Jesus Cristo operou! Ele trouxe nova esperança para a humanidade. Nada demonstra e prova mais o fato de que o evangelho de Jesus Cristo realmente é a única filosofia de vida otimista oferecida ao homem, do que publicanos e pecadores se chegarem a Ele para ouvi-lO. E a mensagem que ouviram, como nesta parábola do filho pródigo, era algo inteiramente novo.
Mas quero que observem que isso não só era novo para os judeus e os seus líderes, mas também para o mundo todo. A esperança estendida pelo evangelho aos mais vis e desesperados não só contrariava o miserável sistema dos judeus, mas também a filosofia dos gregos. Aqueles grandes homens tinham desenvolvido suas teorias e filosofias; todavia nenhum deles tinha algo a oferecer aos derrotados e liquidados. Todos exigiam um certo nível de inteligência, integridade moral e pureza. Todos requeriam muito da natureza humana à qual se dirigiam. Também não eram realistas. Escreviam e falavam de forma altamente intelectual e fascinante a respeito de suas utopias e suas sociedades ideais, mas deixavam a humanidade exatamente na mesma situação. Eram totalmente alienados à vida diária do homem comum. As únicas pessoas que podiam tentar colocar em prática seus métodos idealistas e humanísticos para resolver os problemas da vida eram os ricos e os desocupados, e mesmo estes invariavelmente descobriam que esses métodos não funcionavam. Não havia, como nunca houvera antes, qualquer esperança para os desesperados do mundo antes da vinda de Jesus Cristo. Ele foi o único que proclamou a possibilidade de um novo começo.
Ora, esse ensino não era novo apenas naquela época, durante os Seus dias aqui na terra; ainda é novo hoje em dia. Ainda é surpreendente e assombroso, e ainda espanta o mundo moderno tanto quanto espantou o mundo antigo há quase dois mil anos atrás. O mundo continua sem esperança e a filosofia que o controla ainda é profundamente pessimista. E isso talvez possa ser percebido com maior clareza quando ele tenta ser otimista, pois vemos que quando tenta nos confortar, ele sempre aponta para o futuro com suas possibilidades desconhecidas, e nos diz que no novo ano as coisas certamente serão melhores ou que de qualquer forma não podem piorar! E argumenta que a depressão já durou tanto que certamente uma mudança da maré deve ser iminente! Alegra-se que um ano terminou e outro vai começar. Qual é o segredo de um novo ano? Seu grande segredo está no fato de que nada sabemos a seu respeito! Tudo que sabemos é ruim; daí tentarmos nos consolar contemplando o que nos é desconhecido, imaginando que vai ser muito melhor. Ouçam também as suas idéias e seus planos para melhorar a humanidade. Tudo o que pode dizer é que está tentando tornar o mundo melhor para seus filhos, tentando edificar algo para o futuro e para a posteridade. Sempre no futuro! Nada tem a oferecer no presente; sua única esperança é tornar as coisas melhores para aqueles que ainda não nasceram. E quanto mais proclama isso e tenta colocá-lo em pratica, mais hesitante se torna. Como prova, basta compararmos a linguagem de 1875 com a de 1935 ou mesmo a de 1905 com a de 1935.
Pois bem, se essa é a situação em relação à sociedade em geral, quanto mais desesperada e irremediável ela é quando considerada num sentido mais individual e pessoal! Que solução o mundo tem a oferecer para os problemas que nos afligem? A resposta a essa pergunta pode ser vista nos esforços frenéticos de homens e mulheres para tentarem resolver seus problemas. E, no entanto, nada é mais evidente do que o fato que seus esforços são inúteis e sempre fracassam. Ano após ano homens e mulheres fazem novas revoluções. Compreendem que, acima de tudo, o que precisam é de um novo começo. Decidem voltar as costas ao passado e virar uma nova página — ou, às vezes, começam um novo livro! Esse é o seu desejo, essa é sua firme decisão e intenção. Querem desvincular-se do passado, e por algum tempo fazem o possível para isso, mas nunca permanecem no intento. Ao poucos, inevitavelmente, voltam à sua velha posição e sua antiga situação. E depois de algumas experiências assim, acabam desistindo de tentar outra vez, e concluem que é tudo inútil. Lutam e se esforçam por algum tempo, mas finalmente a fadiga e o cansaço os vencem, a pressão e a força do mundo e suas filosofias parecem estar totalmente do outro lado, e eles entregam os pontos. A posição parece ser inteiramente sem esperança. Eu me pergunto: quantos, até mesmo aqui neste culto hoje, sentem que estão nessa situação, de uma forma ou outra? Meu amigo, você sente que perdeu o mundo, que se desviou? Sente-se constantemente assediado pelo que “podia ter sido”? Sente que está em tal situação, ou em tal posição, que não tem nenhuma esperança de sair dela e endireitar-se novamente? Sente que esta tão longe daquilo que devia ser e do que gostaria de ser, que não pode mais alcançá-lo? Você sente que não tem mais esperança por causa de alguma situação que está enfrentando, ou devido alguma complicação em que se envolveu, um pecado que o domina, o qual não consegue vencer? Você já disse a si mesmo: “Que adianta tentar outra vez? Já tentei tantas vezes antes, e sempre fracassei; tentar outra vez só pode produzir o mesmo resultado. Minha vida é uma confusão; perdi minha oportunidade e daí para frente devo me contentar em fazer o melhor que posso na situação em que estou”. São estes os seus sentimentos e pensamentos? Já está convencido que perdeu sua oportunidade na vida, que o que passou passou, e que se você tivesse outra oportunidade tudo seria diferente, todavia isso é impossível? É essa a sua posição? Coitado! Quantos estão em tal situação? Como é infeliz e sem esperança a vida da maioria dos homens e das mulheres! Como é triste! Ora, a primeira palavra do evangelho para os que estão nessa situação é que eles devem erguer suas cabeças, que nem tudo está perdido, que ainda há esperança, ainda há esperança de um novo começo, aqui e agora, neste momento, sem qualquer relação com algo imaginário e pertencente a um futuro desconhecido; mas algo que se baseia num fato que se passou há quase dois mil anos atrás, o qual ainda é tão poderoso hoje como era então. Até mesmo o pródigo tem esperança. Há um ponto de retorno no caminho mais tenebroso e irremediável. Há um novo começo oferecido até mesmo aos publicanos e pecadores.
Contudo, quero enfatizar em detalhes o que já mencionei de passagem: esta mensagem do evangelho não é algo geral e vago como a mensagem do mundo,mas é algo que contém condições muito definidas. E é aqui que vemos com maior clareza porque nosso Senhor proferiu essa parábola em acréscimo às outras duas. Para que possamos tirar proveito desse novo começo oferecido pelo evangelho, precisamos observar os seguintes pontos. Ouçam amigos, permitam que eu enfatize a importância de fazermos isso! Se vocês simplesmente ficarem sentados, ouvindo e permitindo que o quadro brilhante do evangelho os emocione, voltarão para casa exatamente como chegaram aqui. Todavia, se observarem cada ponto com cuidado, e o colocarem em prática, voltarão para casa como pessoas totalmente diferentes. Se estão ansiosos por tirarem proveito da nova esperança e do novo começo oferecido pelo evangelho, então devem seguir suas instruções e seus métodos. Pois bem, quais são eles?
O primeiro é que devemos enfrentar nossa situação com franqueza e honestidade. É uma coisa estar numa posição má e difícil, outra coisa completamente diferente é enfrentá-la com sinceridade. Este filho pródigo estava numa situação péssima por muito tempo antes de chegar ao ponto de realmente compreender isso. Uma pessoa não cai subitamente na situação descrita aqui. Aquilo aconteceu aos poucos, quase sem que ele percebesse. E mesmo depois que aconteceu, ele levou algum tempo para percebê-lo. O processo é tão sutil e tão insidioso que a pessoa mal percebe. Ela contempla seu rosto no espelho todas as manhãs e não nota as mudanças que estão acontecendo. Somente alguém que não a vê com freqüência pode notar os efeitos com mais clareza. E muitas vezes, quando começamos a sentir terrível realidade da nossa situação, deliberadamente evitamos pensar a respeito. Colocamos tais pensamentos de lado e nos ocupamos com outras coisas comentando: “Que adianta pensar a respeito disso? Essa é a situação, acabou!” Ora, o primeiro passo no caminho da volta, é enfrentar a situação com honestidade e franqueza. Lemos que esse jovem “caiu em si”. Foi exatamente o que ele fez! Ele enfrentou a situação, e o fez com sinceridade. Compreendeu que seus problemas eram resultado exclusivo de sua próprias ações, que ele fora um tolo, que não devia ter abandonado a casa de seu pai, e certamente não devia tê-lo tratado da maneira que fizera. Ele olhou para si mesmo e mal conseguiu acreditar no que viu! Olhou para os porcos e as bolotas à sua volta. Encarou a situação de frente!
Meu amigo, você já fez isso? Já olhou para si mesmo? Já pensou se todas as suas ações durante o ano que passou fossem colocadas no papel? E se tivesse mantido um registro de todos os seus pensamentos e desejos, suas ambições e imaginações? Você permitiria que isso fosse publicado sob seu nome? O que você é hoje em comparação com o que foi no passado? Olhe para suas mãos — estão limpas? E os seus lábios — são puros? Olhe para seus pés — onde eles pisaram, que caminho percorreram? Olhe para si mesmo! É realmente você? E então olhe à sua volta, para a sua posição e os seu ambiente. Não fuja! Seja honesto! Do que você está se alimentando? Comida ou bolotas lançadas aos porcos? Em que você tem gastado seu dinheiro? Para que fins você usou dinheiro que talvez devesse ser usado para alimentar sua esposa e filhos, ou vesti-los? Do que você tem se alimentado? Olhe! É alimento próprio para ser humano? Avalie o que você gosta. Enfrente-o com calma. É algo digno de uma criatura criada por Deus, com inteligência e sabedoria? É coisa que pelo menos honra o ser humano — quanto mais a Deus? É alimento de porcos, ou é próprio para ser consumido por um seu humano? Não basta que você apenas lamente a sua sorte ou se sinta miserável. Como acabou em tal estado ou situação? Olhe para os porcos e as bolotas, e compreenda que é tudo devido você ter abandonado a casa do seu pai, agindo deliberadamente contra os ditames da sua própria consciência, deliberadamente zombando da religião e de todos os seus mandamentos e princípios; tudo é resultado exclusivo de suas próprias decisões. A situação em que se encontra hoje é conseqüência de suas próprias escolhas, e de sua próprias ações. Enfrente isso e admita-o. Esse é o primeiro passo essencial no caminho da volta.
O passo seguinte é compreender que há somente Um a que você pode recorrer, e somente uma coisa a fazer. Não preciso elaborar esse ponto em detalhes, no que se refere ao filho pródigo, pois é bastante claro. “Ninguém lhe dava nada”. Tentara de tudo, esgotara todos os seus recursos e seus esforços, bem como os esforços de outras pessoas. Tudo acabara para ele e ninguém podia ajudá-lo — exceto um. O pai! A última, a única esperança. O evangelho sempre insiste que cheguemos a esse ponto. Enquanto lhe resta um centavo que seja, o evangelho não o ajudara. Enquanto tiver amigos, ou entidades às quais pode recorrer em busca de ajuda, crendo que lhe darão assistência, o evangelho nada tem a lhe dar. Naturalmente, enquanto o homem achar que pode se manter recorrendo a qualquer um desses outros métodos, ele continuará tentando fazer isso. E em nossa estimativa, o mundo ainda está longe da falência. Ele ainda crê em seus métodos e em suas próprias idéias. E de que forma patética nos agarramos a ele! Confiamos em nossa força de vontade e em nosso próprio esforço. Recorremos aos “anos novos” do nosso calendário com se ele pudessem fazer qualquer diferença em nossa situação! Buscamos a ajuda de amigos e companheiros, de parentes e queridos. Ah, vocês estão familiarizados com o processo, não só em seus esforços de acertar a sua própria vida, mas também nos esforços de endireitar a vida de outros a respeito de quem estão preocupados ou ansiosos. E assim continuamos até termos esgotados os recursos. Como o pródigo, continuamos até nos tornarmos frenéticos, e até ao ponto em que “ninguém nos dá nada” Somente então é que nos voltamos para Deus. Oh que insensatez! Permitam que eu estoure essa falácia aqui, e agora. Enfrentem-na com franqueza. Compreendam que todos os seus reforços vão falhar, como sempre falharam até aqui. Entendam que a melhora será meramente transitória e temporária. Parem de se enganar a si mesmos. Compreendam como é desesperada a sua situação. E compreendam que existe somente um poder que pode colocar suas vidas no caminho certo — o Poder do Deus Todo-poderoso. Você podem continuar confiando em si mesmos e nos outros, e se esforçando ao máximo. Mas daqui a um ano a sua situação não só será a mesma, e sim muito pior. Somente Deus pode salvá-los.
No entanto, ao se voltarem para Deus, vocês precisam compreender também que nada podem pleitear diante dEle, exceto a Sua misericórdia e compaixão. Quando o pródigo abandonou o lar, sua exigência foi: “Dá-me!” “Ele exigiu seus direitos. Estava cheio de auto-confiança e até mesmo presunção, sentindo que não estava recebendo tudo a que tinha direito. “Dá-me”! Mas quando voltou para casa, o seu vocabulário mudou e o que ele diz agora é : “Faz-me”. Anteriormente ele sentira que era “alguém” e que estava na posição de exigir direitos inerentes e dignos de uma pessoa como ele. Agora ele sente-se reduzido a nada e ninguém, e compreende que sua maior necessidade é que algo seja feito de sua vida. “Faz-me!”. Amigo, se você acha que tem qualquer direito de exigir perdão de Deus, posso lhe assegurar que está perdido e condenado. Se sente que Deus tem o dever e a obrigação de perdoá-lo, você certamente não será perdoado. Se sente que Deus é severo e que está contra você, então é culpado do maior de todos os pecados. Se ainda sente que é “alguém” e que tem direito de dizer “dá-me”, você nada receberá além de miséria e contónua desolação. Todavia, se compreender que pecou contra Deus e O indignou, se sente que não passa de um verme, ou menos que isso, indigno até de ser considerado um ser homem — quanto mais indigno de Deus! — se sente que nada é, em vista da forma como se afastou dEle e Lhe voltou as costas, ingnorando-O e zombando dEle, se se lançar diante dEle e da sua misericórdia implorando-Lhe que na sua infinita bondade e amor, Ele faça algo da sua vida, então tudo será diferente. Nunca foi a vontade de Deus que você acabasse na situação em que esta. Foi contra a vontade dEle que você se afastou. A decisão foi toda sua. Diga-lhe isso, e confesse também que o que mais o preocupa e aflige não é apenas a miséria que trouxe à sua própria vida, porém o fato de ter desobedecido a Ele, insultando-O e ofendendo-O.
Então, tendo compreendido tudo isso, ponha-o em prática! Abandone a terra distante. Sua presença neste culto significa que você se levantou dentre os porcos e as bolotas. Mas afasta-te dessa terra longínqua. Faça-o! Volte-se para Deus, busque a reconciliação com Ele! Tome uma decisão. Entregue-se a Ele! Ouse confiar nEle! Como teria sido ridículo se o filho pródigo tivesse limitado a pensar aquilo tudo, sem colocá-lo em prática! Teria continuado na terra longínqua. Mas ele agiu. Pôs em pratica a sua decisão. Cumpriu sua resolução. Voltou para o pai e entregou-se à sua misericórdia e compaixão, e você precisa fazer o mesmo, da forma como já indiquei.
E se fizer isso, descobrirá que no seu caso, como no caso do filho pródigo, haverá um novo começo para a sua vida, um novo princípio firme e sólido. O impossível acontecerá, e você ficará assombrado e maravilhado com o que descobrirá. Não vou me deter na alegria e no gozo e na emoção disso tudo hoje, para que possa enfatizar a realidade desse novo começo que o evangelho nos dá. Não é algo etéreo ou trivial. Não é uma simples questão de sentimentos ou emoções. Não é uma anestesia ou um sedativo que amortece nossos sentidos, levando-nos a sonhar com um mundo brilhante e feliz. É real, é verdadeiro. Em Jesus Cristo, um novo começo, real e genuíno, é possível. E é possível somente através dele! A grandeza do amor do pai nesta parábola não é expressada tanto em sua atitude como no que ele fez. Amor não é um mero sentimento vago, ou uma disposição geral. O amor é algo ativo! É a atividade mais dinâmica do mundo, e transforma tudo. É por isso que também aqui somente o amor de Deus pode realmente nos dar um novo começo, uma nova oportunidade. O amor de Deus não se limita a falar sobre um novo começo: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu...”. O pai fez certas coisas pelo seu filho pródigo; e somente Deus pode fazer por nós e para nós aquilo que nos levantará outra vez. Observemos como Ele o faz. Oh, a maravilha do amor de Deus, que realmente faz novas todas as coisas, o único que realmente pode fazer isso!
Observem como o pai oblitera o passado. Ele vai ao encontro do filho como se nada tivesse acontecido, ele o abraça e beija como se sempre tivesse sido zeloso e exemplar em toda sua conduta! E com que rapidez ordena aos servos que removam os farrapos e andrajos da terra longínqua, e com eles todos os traços e vestígios do seu passado pecaminoso. Com todas essas ações ele apaga o passado de uma forma que mais ninguém poderia fazer. Somente ele podia perdoar de fato, somente ele podia apagar o que o filho fizera contra ele e contra a família; e ele o fez. Removeu todos os traços do passado. E essa sempre é a primeira coisa que acontece quando um pecador se volta para Deus da forma como estamos descrevendo. Voltamo-nos para Ele esperando tão pouco quanto o pródigo, cuja expectativa era que fosse feito um servo. Quão infinitamente Deus transcende todas as nossas maiores expectativas quando Ele começa a tratar conosco! Tudo que pedimos é alguma forma de começara outra vez. Deus nos maravilha e surpreende com Sua primeira ação — obliterando todo o nosso passado! E isso, enfim, é o que almejamos acima de tudo. Como podemos ser felizes e livres em vista do nosso passado? Mesmo que não cometamos mais certas ações ou um certo pecado, o passado está presente e sempre temos diante de nós o que fizemos. Esse é o problema. Quem pode nos libertar do nosso passado? Quem pode apagar do livro da nossa vida aquilo que já fizemos? Há somente Um! E Ele pode fazê-lo! O mundo tenta me persuadir que não importa, que posso voltar as costas ao passado e esquecê-lo. Mas eu não posso esquecer — ele sempre me volta à lembrança. E me lança em miséria e desespero. Posso tentar de tudo, porém meu passado permanece um fato sólido, terrível, medonho. Há alguma forma de me livrar dele? Algum modo de apagá-lo? Há somente um que pode removê-lo dos meus ombros. Eu só posso ter certeza que meus farrapos e andrajos se foram quando os vejo na Pessoa de Jesus Cristo, o Filho de Deus, que os tomou sobre Si e Se fez maldição em meu lugar. O Pai mandou que Ele tirasse de sobre mim os meus farrapos, e Ele o fez. Ele levou minha iniqüidade, e Se vestiu e cobriu com meu pecado. Ele o tirou, lançando-o no mar do esquecimento de Deus. E quando eu compreendo e creio que Deus em Cristo não só perdoou meu passado, mas também o esqueceu, quem sou eu para procurar por ele e tentar encontrá-lo? Minha única consolação, quando considero o passado, é lembrar que Deus o apagou. Ninguém mais podia fazer isso. Mas Ele o fez. E este é o primeiro passo essencial para um novo começo. O passado precisa ser apagado; e ele é apagado em Cristo e em Sua morte expiatória.
Todavia, para ter um começo realmente novo, mais uma coisa é necessária. Não basta que todos os traços do meu passado sejam removidos. Preciso de algo no presente. Preciso ser vestido, necessito de algo que me cubra. Preciso de confiança para começar outra vez e para enfrentar a vida, as pessoas e os problemas que fazem parte dela. Embora o pai tenha corrido ao encontro do filho e o beijado, isso por si só não lhe teria dado segurança. Ele saberia que todos veriam os andrajos e a lama. Por essa razão, o pai não se limitou a isso. Ele vestiu o rapaz com roupas dignas de um filho, com todas as provas externas dessa posição. Anunciou a todos que seu filho retornou, e o vestiu de forma que o rapaz não se sentisse envergonhado diante dos outros. Ninguém mais além do pai podia fazer isso. Outros podiam ter ajudado o rapaz, mas somente o pai podia restaurá-lo à sua posição de filho e prover tudo o que estava associado a ela.
Exatamente o mesmo acontece quando nos voltamos para Deus. Ele não só nos perdoa e apaga nosso passado, mas também nos torna filhos. Ele nos dá uma nova vida e novo poder. E Ele lhe dará tal certeza do Seu amor, meu amigo, que você poderá olhar para os outros sem qualquer sentimento de vergonha. Ele o vestirá com o manto da justiça de Cristo, e não só lhe dirá que o vê como filho, mas na verdade fará com que sinta que realmente o é. Quando olhar para si mesmo, você nem sequer se reconhecerá! Olhará para o seu corpo e verá esse manto de valor inestimável, olhará para os seus pés e os verá calçados de sandálias novas, olhará para sua mão e verá o anel, o selo do amor de Deus. E quando fizer isso, sentirá que pode enfrentar o mundo todo de cabeça erguida, sim, e poderá enfrentar o diabo e todos os poderes que o enganaram no passado e que arruinaram a sua vida. Sem essa posição e confiança, um novo começo não passa de um produto da imaginação. P mundo tenta limpar suas velhas vestes, buscando dar-lhes uma aparência respeitável. Somente Deus, em Cristo pode nos vestir com um manto novo, e realmente nos tornar fortes. Que o mundo tente apontar o dedo para nós, querendo trazer à tona o nosso passado! Que tente lançar seus piores estrategemas contra nós! Basta que olhemos para o manto, as sandálias e o anel, e saberemos que tudo está bem.
E se você ainda requer uma prova clara da realidade de tudo isso, ela pode ser encontrada no fato que até mesmo o mundo tem de reconhecer que é verdade. Ouça as palavras do servo, falando com o irmão mais velho. O que ele diz? “Um homem de aparência estranha, em andrajos, apareceu aqui hoje?” Não! “Veio o teu irmão”. Como ele soube que era o irmão? Ah, ele vira as ações do pai e ouvira suas palavras! Ele jamais teria reconhecido o filho, porém o pai o reconheceu, mesmo à distancia. O pai o reconheceu! E Deus reconhece você, e quando você se volta para Ele e permite que Ele o vista, todos ficarão sabendo. Até mesmo o irmão mais velho ficou sabendo. Era a última coisa que ele queria saber, mas os cânticos e os sons de júbilo e alegria não deixavam dúvidas quanto à conclusão inevitável. Ele estava por demais aviltado para dizer “meu irmão”, no entanto, até mesmo ele teve que dizer: “Este teu filho”. Não passou prometer que todos o amarão, que falarão bem a seu respeito se entregar sua vida a Deus em Cristo. Muitos certamente o odiarão, e o perseguirão zombando de você e fazer muitas outras coisas contra você, mas, ao fazerem isso, estarão na verdade testemunhando que eles também perceberam que você é uma nova pessoa, que sua vida foi renovada e recebeu a oportunidade de um novo começo.
O que mais você requer?
Aqui está a oportunidade para um começo realmente novo. É o único meio. O próprio Deus o tornou possível, enviando Seu Filho unigênito a este mundo, para viver, morrer, e ressuscitar. Não importa o que você tenha sido no passado, nem o que é no momento. Basta que se volte para Seus, confessandp seu pecado contra Ele, lançando-se sobre Sua misericórdia em Cristo Jesus, reconhecendo que somente Ele pode salvar e guardar você, e descobrirá que.
O passado será esquecido
Gozo dado no presente,
Graça futura prometida —
E uma coroa de glória no céu.

Venha! Amém.

* Sermão pregado em 06 de janeiro de 1935.


Fonte: D.M. Lloyd-Jones, “Sermões Evangelísticos”, Editora PES. Compre aqui!

Cristianismo de entretenimento!

A igreja pode enfrentar a apatia e o materialismo satisfazendo o apetite das pessoas por entretenimento? Evidentemente, muitas pessoas das igrejas pensam assim, enquanto uma igreja após outra salta para o vagão dos cultos de entretenimento.
Uma tendência inquietante está levando muitas igrejas ortodoxas a se afastarem das prioridades bíblicas.
O que eles querem
Os templos das igrejas estão sendo construídos no estilo de teatros. Ao invés de no púlpito, a ênfase se concentra no palco. Alguns templos possuem grandes plataformas, que giram ou sobem e descem, com luzes coloridas e poderosas mesas de som.
Os pastores espirituais estão dando lugar aos especialistas em comunicação, aos consultores de programação, aos diretores de palco, aos peritos em efeitos especiais e aos coreógrafos.
O objetivo é dar ao auditório aquilo que eles desejam. Moldar o culto da igreja aos desejos dos freqüentadores atrai muitas pessoas.
Como resultado disso, os pastores se tornam mais parecidos com políticos do que com verdadeiros pastores, mais preocupados em atrair as pessoas do que em guiar e edificar o rebanho que Deus lhes confiou.
A congregação recebe um entretenimento profissional, em que a dramatização, os ritmos populares e, talvez, um sermão de sugestões sutis e de aceitação imediata constituem o culto de adoração. Mas a ênfase concentra-se no entretenimento e não na adoração.
A idéia fundamental
O que fundamenta esta tendência é a idéia de que a igreja tem de “vender” o evangelho aos incrédulos — a igreja compete por consumidores, no mesmo nível dos grandes produtos.
Mais e mais igrejas estão dependendo de técnicas de vendas para se oferecerem ao mundo.
Essa filosofia resulta de péssima teologia. Presume que, se você colocar o evangelho na embalagem cor-reta, as pessoas serão salvas. Essa maneira de lidar com o evangelho se fundamenta na teologia arminiana. Vê a conversão como nada mais do que um ato da vontade humana. Seu objetivo é uma decisão instantânea, ao invés de uma mudança radical do coração.
Além disso, toda esta corrupção do evangelho, nos moldes da Avenida Madison, presume que os cultos da igreja têm o objetivo primário de recrutar os incrédulos. Algumas igrejas abandonaram a adoração no sentido bíblico.
Outras relegaram a pregação convencional aos cultos de grupos pequenos em uma noite da semana. Mas isso se afasta do principal ensino de Hebreus 10.24-25: “Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras. Não deixemos de congregar-nos”.
O verdadeiro padrão
Atos 2.42 nos mostra o padrão que a igreja primitiva seguia, quando os crentes se reuniam: “E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações”.
Devemos observar que as prioridades da igreja eram adorar a Deus e edificar os irmãos. A igreja se reunia para adoração e edificação — e se espalhava para evangelizar o mundo. Nosso Senhor comissionou seus discípulos a evangelizar, utilizando as seguintes palavras: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações” (Mateus 28.19). Ele deixou claro que sua igreja não tem de ficar esperando (ou convidando) o mundo para vir às suas reuniões, e sim que ela tem de ir ao mundo.
Essa é uma responsabilidade de todo crente. Receio que uma abordagem cuja ênfase se concentra em uma apresentação agradável do evangelho, no templo da igreja, absolve muitos crentes de sua obrigação pessoal de ser luz no mundo (Mateus 5.16).
Estilo de vida
A sociedade está repleta de pessoas que querem o que querem quando o querem. Elas vivem em seu próprio estilo de vida, recreação e entretenimento. Quando as igrejas apelam a esses desejos egoístas, elas simplesmente põem lenha nesse fogo e ocultam a verdadeira piedade.
Algumas dessas igrejas estão crescendo em expoentes elevados, enquanto outras que não utilizam o entretenimento estão lutando. Muitos líderes de igrejas desejam crescimento numérico em suas igrejas, por isso, estão abraçando a filosofia de “entretenimento em primeiro lugar”.
Considere o que esta filosofia causa à própria mensagem do evangelho. Alguns afirmam que, se os princípios bíblicos são apresentados, não devemos nos preocupar com os meios pelos quais eles são apresentados. Isto é ilógico.
Por que não realizarmos um verdadeiro show de entretenimento? Um atirador de facas tatuado fazendo malabarismo com serras de aço se apresentaria, enquanto alguém gritaria versículos bíblicos. Isso atrairia uma multidão, você não acha?
É um cenário bizarro, mas é um cenário que ilustra como os meios podem baratear e corromper a mensagem.
Tornando vulgar
Infelizmente, este cenário não é muito diferente do que algumas igrejas estão fazendo. Roqueiros punk, ventríloquos, palhaços e artistas famosos têm ocupado o lugar do pregador — e estão degradando o evangelho.
Creio que podemos ser inovadores e criativos na maneira como apresentamos o evangelho, mas temos de ser cuidadosos em harmonizar nossos métodos com a profunda verdade espiritual que procuramos transmitir. É muito fácil vulgarizarmos a mensagem sagrada.
Não se apresse em abraçar as tendências das super-igrejas de alta tecnologia. E não zombe da adoração e da pregação convencionais. Não precisamos de abordagens astuciosas para que tenhamos pessoas salvas (1 Coríntios 1.21).
Precisamos tão-somente retornar à pregação da verdade e plantar a semente. Se formos fiéis nisso, o solo que Deus preparou frutificará.
John MacArhtur

Voce realmente é Cristão?



Joelson Gomes

1Jo.. 3:3.

Introd.:

a) O que me faz um filho de Deus? Ir a igreja; ser batizado; pregar; cantar nos grupos da igreja; dizer que sou crente; ser filho de crente; orar? Não!

b) Então o que me faz um filho de Deus? Como posso reconhecer isso? Bem, existe um texto no NT que foi escrito com este propósito, mostrar as características de quem nasceu de novo.

c) Este texto é a primeira carta de João. Ela foi escrita para mostrar o que é um filho de Deus, e com quais pessoas os filhos de Deus devem ter comunhão. Não é porque uma pessoa é de uma igreja que nós devemos automaticamente ter comunhão com a mesma. João nos diz que além de ser de Deus, a pessoa tem que crer nas coisas certas sobre Deus (1:3; vd. 2Jo. 9-11.).

1ª – A PRÁTICA DA JUSTIÇA (2:29). João começa mostrando o lado positivo, o que é que o filho de Deus deve fazer.
O que é praticar a justiça? É fazer as coisas contrárias ao pecado (3: 7-8). Isto porque toda injustiça é pecado (5:17).

2ª – NÃO VIVER NA PRATICA DO PECADO (3:9). Agora João mostra o lado negativo, o que o filho de Deus não deve fazer. Se continuar na prática do pecado, a pessoa está dando a grande prova de que não é filha de Deus, que não nasceu de novo (5:18).
Observe que para João, aqui está o grande teste para se saber se a pessoa nasceu de novo ou não (3:10).

3ª – AMAR AO IRMÃO (3:14). Veja como João coloca isso também como um grande teste. Ela usa a palavra oída: que significa o mesmo que ver.
Que tipo de amor é este? É o amor prático, não o do discurso (3:18; 4:7).

4ª – ACEITAR JESUS COMO SEU SALVADOR (5:1, 10-12). Não existe filiação entre o homem e Deus sem essa relação com Jesus Cristo. A vida eterna só vem pela fé no filho de Deus como Salvador pessoal. Filiação é algo de fé (Gl. 3:26; Jo. 1:11-12).
E o que é esta fé, é saber que Deus é bom; que Jesus está no céu;que Jesus existe? Não! Se assim fosse o demônio era filho de Deus, pois ele acredita assim em Deus (Tg. 2:19). Isto é a fé histórica, que para nada aproveita.
A fé que salva é aquela de quem acredita em Jesus como salvador de sua vida, perdoador dos seus pecados, que morreu em seu lugar, e o obedece por isso.

5ª- VENCER O MUNDO (5:4-5). E aqui é importante de novo olhar a apalavra que João usa.; é o verbo nikaô: conquistar, vencer, superar. Ele está dizendo que o nascido de Deus conquista. Conquista o que? O mundo, a sociedade mergulhada no pecado (5:19). Resiste a tentação e se mantém fiel a Deus.


CONCLUSÃO:

Porque João escreveu tudo isso? Para aqueles que lessem sua carta tivessem a prova de que eram filhos de Deus. Aqui estava o teste (5:13). A vida eterna tem quem:
*Pratica a justiça;
*Não vive na prática do pecado;
*Ama o irmão;
*Tem Jesus como seu salvador;
*Vence, conquista o mundo.

Você é assim? Este é o teste.

Quer ser feliz no Lar?






INTRODUÇÃO:


A família tem sido o alvo tanto de Deus para a edificar, como também do inimigo para a destruir.
Um outro problema que tem feito com que as famílias percam alguns valores é a correria do dia a dia, em função do capitalismo, que tem cerceado o tempo dos pais (os conjugues) e também em relação aos filhos.

DEFINIÇÃO DE LAR: Lugar onde se mora e se vive. Portanto, é o lugar onde deveríamos ver a alegria transbordando.

 


 
Bem no trabalho
Bem nos estudos        Provérbios 31:10-31
Bem na igreja

 

 
NOTAS:


 

Trabalho: Trabalhamos melhor e produzimos mais quando tudo vai bem em casa. Queremos voltar para o lar o mais rápido possível e com a satisfação.

 
Estudos: Geralmente os péssimos alunos são de famílias destruídas ou em decomposição.

 
Igreja: Muitas pessoas vão ao templo/igreja, como cacos ambulantes, na esperança de receberem uma benção para reconstruir sua família. Se fosse o contrário e saíssemos de casa para o culto com alegria, certamente o mesmo seria mais festivo e cheio de louvores e nos renderíamos mais a Deus.

 


 


 
UMA FIGURA CHEIA DE VERDADE

 

DRACMA = Moeda = valores = 10 dracmas = 10 valores

 
A mulher tinha 10 valores, perdeu 1 valor e procurou até achar.
Quais os valores que já sumiram em sua casa? Em seu casamento?
O que você tem feito para resgatá-los?

 
VEJAMOS ABAIXO ALGUNS EXEMPLOS DE VALORES PERDIDOS

 

SUMIU A DRACMA DO RESPEITO:

 

Respeitar é considerar o valor do outro. Quem respeita, ouve com atenção e participa dos sonhos do outro. I Pedro 3:1 e 7.
Sumiu o diálogo e o respeito entre pais e filhos. Leia Colossenses 3:20-21.
Quantos maridos desrespeitam suas esposas no relacionamento sexual. I Cor. 7:3-5
SUMIU A DRACMA DO CARINHO:

 

O carinho é uma manifestação de amor, ele desemboca no beijo, no abraço gostoso.
O carinho de pai e filho que andam sempre juntos, que desenvolvem um diálogo amigo.
O carinho de cônjuges que ainda trocam elogios, prioriza um ao outro e transpiram prazer quando estão perto. I Pedro 3:8-9.
Nota: Destacamos 2 lindas expressões neste texto acima citado: "fraternalmente amigo" e "bendizendo".

 
*Você já beijou seu conjugue hoje? Já declarou amor a seu filho (a)? Já abraçou seus pais?

 

SUMIU A DRACMA DA RELIGIOSIDADE:

 
A vida religiosa de muitas famílias tem se limitado a "casar no religioso" ou "batizar os filhos" e, nada mais.
Depois, só no dia do enterro, ou numa grave enfermidade é que voltam a pensar em Deus. Outros, vão um pouquinho mais adiante: ainda vão aos cultos de Domingo. Mas, em casa, não há os cultos domésticos, não há vida de oração e de leitura Bíblica. Um certo homem, fez um comentário que vale citar aqui: "Hoje, quando projetamos nossas casas, é comum a sala ser bem grande, para o maior ídolo do lar (a televisão), aquela que dedicam mais tempo e atenção. Em muitas casas tem sala de TV, mas não tem sala de oração ou de culto doméstico. "CULTO DOMÉSTICO" chega a ser uma palavra pré-histórica. Poucos na nova geração sabem o que é. Jó fazia seu culto doméstico. Veja Jó 1:5 (veja o destaque no texto:- "Assim fazia Jó continuamente".
Creio que não será difícil você lembrar de outras dracmas/valores, que estão desaparecidos no lar. Mas não vamos nos deter mais tempo na tragédia, vamos procurar logo a solução.

 
COMO REENCONTRAR AS DRACMAS PERDIDAS

 

DECIDA SER O HERÓI DA CASA:

 

Muitos pais procuram o pastor e pedem para dar um jeito em seu filho e vice-versa. Veja o 1º segredo do texto: Note que os verbos estão na 1ª pessoa do singular: "EU PERDI, EU ACHEI". Foi também ela que procurou, não foram as vizinhas que vieram varrer sua casa. Não foi procurar o pedreiro que havia construído a casa.... Ela mesmo decidiu procurar.

 

 
NOTA:

 
Você quer que alguma área seja restaurada em seu lar?
Está procurando a dracma/valor perdido?
Está varrendo a sujeira (poeira) para poder achar?
Busque a Deus para Ele usar você, para achar estes valores e diga: "Eis me aqui Senhor, envia-me a mim". (Isaías 6:8)

 
DITADO: As pessoas tentar justificar-se dizendo: Na bíblia está escrito que "SANTO DE CASA NÃO FAZ MILAGRES". Nunca vi isto na Bíblia, mas li o contrário: que os ensinos de Jesus através de Paulo e outros, dizem que nós podemos influenciar nosso lar. Leia: I Pedro 3:1-2
No texto de II Reis 4:26 existe uma ordem nas palavras que chama nossa atenção: "Vai tudo bem? Contigo, com teu marido, com o menino? Notem: Primeiro preciso estar bem comigo para depois estar bem com minha casa".

 
VALORIZE OS PEQUENOS DETALHE

 

A mulher tinha 10 dracmas/valores, perdeu apenas uma. Ficou com 9 valores (a maioria). Mas, antes de perder a segunda ou a terceira, parou para costurar a carteira. Parou para correr atrás do prejuízo. (detalhes)

 
OBSERVAÇÃO:
Museu de Manaus – AM. Lá você poderá encontrar uma dracma (pequenina e de pouco valor). A broca (inseto) também é pequenina, mas aos poucos corrói toda a estrutura de um gigantesco armário.

 

 

 

 

 
PEQUENOS DETALHES:

 
Bom dia/boa noite    -    Parabéns no aniversário
Escovar os dentes    -    Usar desodorante - Roupas espalhadas


 
Estes são alguns pequenos detalhes, entre tantos, que você poderá relacionar. Peça sabedoria a Deus. Tiago 1:5

 

 

 

 
NÃO ACEITE O CAOS COMO ALGO NATURAL:

 
O texto nos diz que a mulher PROCURA a moeda, isto é, ela não assentou na cadeira da comodidade dizendo: "a vida é assim mesmo! É comum perder uma moeda tão pequena. Deixa prá lá!" Não! Ela reagiu, se esquentou, foi atrás. ELA PROCUROU!

 
OBSERVAÇÃO:
Quantos em sua casa se assentam na cadeira da comodidade, sempre achando que "o mundo é assim mesmo, não tem jeito de melhorar", ou afirmando: "todo o marido é safado mesmo", ou "todo adolescente tem que usar drogas...", ou ainda: "toda mulher é lamurienta mesmo!"
Deus não fez, meu querido irmão, seu lar para ser um inferno, e, se está sendo, precisamos reagir, ir à luta, como é o caso de ABIGAIL, relatada em I Samuel 25:1-44.

 
A verdade é que muitos não acham nada porque não estão procurando. Decida, agora, um meio de salvar seu lar. Decida, agora, investir na procura de uma restauração da alegria em seu lar.

 

 

HUMILHE-SE PARA FAZER MUDANÇAS

 
Veja os textos: Lucas 14:11; Filipenses 2:8; Tiago 4:10; I Pedro 5:6. A mulher "VARREU A CASA". Varrer incomoda quem se prontificou a assentar; varrer incomoda a poeira ou sujeiras que já se "tornaram parte" da mobília.
Quem sabe, é isto que esta faltando em sua casa: Uma varridinha em:
Sua boca, para produzir novas palavras. Provérbios 18:21; 21:23; Tiago 3:10.
Seu tempo, para que você o administre melhor e tenha tempo para Deus. Eclesiastes 3:1-8
Em suas prioridades, pois poderá ser que os valores que estão perdidos estejam bem relacionados a isto.

 
Nota: Coloque-se em oração para que o Espírito Santo lhe ajude a entender quais "os cantos que precisam ser varridos".

 
SEJA DILIGENTE

 
A expressão do texto é fortíssima: "ATÉ ENCONTRÁ-LA". Seja obsecado por este propósito. Ela só parou de procurar quando encontrou a dracma/valor. Há os que procuram os valores perdidos dentro de casa, como menino mal mandado: dá só uma olhadinha por cima e diz que não encontrou. Procuram com tanta má vontade, com tanta preguiça que, mesmo estando próximo do que procuram, não encontram.

 
CONSELHOS:

 
Não é só procurar e dizer: "Eu não achei! Não adianta procurar!";
Coloque a restauração do seu lar como o seu maior ideal de vida;
Não desista facilmente, vá em frente:
Procure um método
Procure um meio correto
Procure uma benção de Deus
Procure um casal amigo/ajuda.

 

Leia Mateus 7:7; Tiago 5:8; Ezequiel 34:4; Salmos 18:6-7; Isaias 55:6; Mateus 18:10-14

 

 
SOBRETUDO, ACENDA A CANDEIA

 
Comentamos por último, porém:

 
Foi a primeira coisa que ela fez;
No escuro ficaria difícil procurar;
Em João 8:12 diz para nos envolvermos de forma séria com Jesus; Ele iluminará sua história, sua casa, sua vida, etc.

 
Talvez você diga: "Mas eu sou religioso, eu tenho Jesus". Ter Jesus do ponto de vista humano e religioso não basta. Você precisa é nascer de novo (II Coríntios 5:17).
Com a unção do Espírito Santo, a possibilidade de dar certo e de se achar o que se está procurando é maior. Vejam que não estou falando no sentido de se ter algum dom espiritual como: profecias, línguas estranhas, etc., e sim, mais propriamente, dos frutos do Espírito (Gálatas 5:22-26) que, com certeza, ajudarão em muito para a restauração de muitas áreas que estão deficitárias.

 
Nota: Tem gente sofrendo porque perderam dracmas em sua casa e sofrem mais porque estão procurando e não acham. Estão cansados, desesperados e desanimados.
O que falta? Acender a luz! Quanto a isto é preciso sempre esclarecer uma coisa, pois alguns dizem: "mas eu já sou religioso, gosto de Jesus, creio nele!" A Bíblia diz que até o diabo crê em Jesus e treme (Tiago 2:19).
Ter Jesus é mais que isto, é entregar-se totalmente à Ele, deixando-O dirigir a sua vida pela leitura da Bíblia, procurando sempre estar em comunhão com Ele pela oração. E ainda se dispor a servi-LO.

 
QUE DEUS LHE AJUDE!


fonte: www.teologico.com.br

Grandes Nomes Reformados


Jeremiah Burrough nasceu 1599, e foi educado em Cambridge. Tendoterminado seus estudos na universidade, ele entrou no trabalho ministerial, e foi escolhido colega de Edmund Calamy, na Bury St. Edmund's.
Em 1631 se tornou reitor da Titshall no condado de Norfolk, mas após a publicação dos artigos de Visitação do bispo Wren, em 1633, ele foi suspenso e privado de sua vida. Burroughs se abrigou por algum tempo da opressão eclesiástica da época sob o teto hospitaleiro do conde de Warwick, mas o nobre conde foi incapaz de dar-lhe mais proteção, e ele logo percebeu que era necessário refugiar-se da perseguição que se alastrou na Inglaterra contra os puritanos indo para a Holanda.
Após sua chegada na Holanda, ele se estabeleceu em Roterdã onde se tornou professor da Igreja Congregacional, da qual o Sr. William Bridge foi o pastor.
Burroughs foi cordialmente recebido pela igreja, onde continuou um trabalhador zeloso e fiel por vários anos, e ganhou uma reputação muito elevada entre as pessoas.
Após o início da guerra civil, quando o poder dos bispos já não era perigoso, ele retornou à Inglaterra, não para pregar sedição, mas a paz pela qual ele orou fervorosamente e sustentou. Foi muito honrado e estimado, e tornou-se uma figura muito popular e admirado pregador. Foi escolhido pelas congregações de Stepney e Cripplegate, em Londres que na época representavam duas das maiores congregações na Inglaterra. Burroughs pregava em Stepney, às sete horas da manhã, e o Sr. William Greenhill, às três da tarde. Estes dois homens foram denominados, por Hugh Peters de as estrelas de Stepney.
Ele foi escolhido para participar da Assembléia de Westiminster, sendo um dos irmãos dissidentes ali e se conduzindo com grande sabedoria e moderação. Se uniu com o Sr. Thomas Goodwin, Philip Nye, e Sympson Sydrach, também congregacionais, na publicação da Narração Apologética em defesa de seus próprios sentimentos peculiares. Os autores deste trabalho afirmavam que toda a congregação tem poder em si suficiente para regular e governar todas as preocupações religiosas, e não está sujeita a nenhuma autoridade espiritual externa, seja qual for. Os princípios sobre os quais fundaram o seu sistema de governo da Igreja foi o de que este governo deveria se conformar com cada detalhe que as Escrituras prescrevem sem levar em conta as opiniões ou práticas dos homens, deixando-se, porém espaço para alterações ao receber mais luz da Palavra de Deus. Em conformidade com esses princípios, o Sr. Burroughs uniu-se com os seus irmãos para escrever e publicar as suas razões contra certas proposições relativas governo presbiteriano.
Após seu retorno do exílio, Burroughs nunca reuniu uma congregação separada, nem aceitou qualquer benefício paroquial, mas continuou a esgotar a sua força através da pregação constante, e outros serviços ministeriais para o benefício da igreja de Cristo.
Ele era de um espírito manso e amável, mas ele tinha alguns amargos inimigos, que para sua desgraça, derramaram sobre ele as mais amargas falsidades.
Seu trabalho incessante e as dores causadas pelas distrações dos tempos, muito contribuíram para acelerar o seu fim.
Ele morreu em 14 de novembro de 1646 com 47 anos de idade.
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